DO nosso Carlos CHagas

LIÇÕES DE ITAMAR

Quando recebeu do Senado a participação de que deveria assumir a presidência da República, naquela oportunidade apenas interinamente, até o julgamento de Fernando Collor, o sadoso Itamar Franco disse apenas uma frase: “rejeito a modernidade que não leva a todos os cidadãos os benefícios da civilização e da cultura”. Naqueles idos a palavra modernidade estava na moda como engodo das elites para tapear as massas, já que a pobreza dominava a maior parte da população. Fernando Collor, antes, e Fernando Henrique, depois de Itamar, governaram para o andar de cima. Avançaram, é claro, numa série de mudanças que beneficiaram a indústria, a ciência e a tecnologia, mas deram pouca importância aos menos favorecidos. Agora que a presidente Dilma inaugura a campanha para acabar com a miséria, seria que lembrasse o roteiro do antecessor. Melhor dizendo, que lembrasse a Aloisio Mercadante a lição do recém-falecido senador. Porque ciência e tecnologia constituem valor e necessidade para todos, não só para os privilegiados.

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