Convidado por Dilma Rousseff, Paulo Sérgio Passos aceitou o cargo de ministro dos Transportes.
Antes, Dilma recebeu o senador Blairo Maggi (PR-MT). Sondado na semana passada, ele disse que não poderia tornar-se ministro.
Maggi alegou que suas empresas têm contratos com a pasta dos Transportes. Haveria “conflito de interesses”.
Assim, Dilma fez o que queria –efetivou Paulo Passsos— sem que o PR possa acusá-la de não ter buscado uma opção mais, digamos, política.
Dono de perfil técnico, Paulo Passos filiou-se ao PR no ano passado. Era o segundo do ministério, abaixo de Alfredo Nascimento (AM), presidente da legenda.
Depois da queda de Nascimento, lideranças do PR apressaram-se em informar que não reconheciam em Paulo Passos um representante da legenda.
Nesta segunda (11), foi à web notícia segunda a qual o PR cogitava migrar para a oposição. Em nota, o parido desmentiu.
Sucessor do ex-PL, nutrido nas arcas valerianas do mensalão, o PR é uma legenda típica, 100% financiada pelo déficit público.
É mais fácil Dilma filiar-se ao PSDB do que o PR levar seus pendores oposicionistas além das fronteiras do lero-lero.
Até aqui, o PR frequenta o condomínio governista como um dos mais fiéis apoiadores de Dilma.
A efetivação de Paulo Passos leva um pedaço da legenda a flertar com a traição. Nada, porém, que os cargos e as verbas não resolvam.
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