O Partido da República cometeu vários crimes que justificam a (má) fama. O primeiro delito foi o de existir. Seria tolerável, se ficasse nisso.
Porém, resultado da fusão do PL com o Prona, o PR decidiu existir em quantidade exagerada. Em números de hoje: 40 deputados e seis senadores.
A coisa tornou-se mais grave quando o PR organizou-se. Pior: aliou-se ao PT, conquistando pedaços do Estado.
Finalmente, já livre de qualquer tipo de escrúpulo, o PR cometeu outro crime: exagerou. Ou, por outra, esqueceu de maneirar.
Ao levar a audácia longe demais, o PR cometeu seu crime mais grave: virou notícia. Foi às manchetes com escândalo.
Dilma Rousseff, que se limitava a fazer boca de nojo diante da herança recebida de Lula, viu-se compelida a fazer algo mais.
A presidente tenta retomar Ministério dos Transportes, convertido pelo PR em zona de exclusão, uma boca partidária. Faz por pressão o que não fez por precaução.
Nesta terça (19), foram mandados ao olho da rua mais seis “servidores” dos Transportes. Com isso, subiu para 12 o número de escalpos.
Um dos novos afastados era ligado ao deputado Valdemar Costa Neto. Dois eram vinculados ao senador e ex-ministro Alfredo Nascimento.
O quarteirão do Dnit virou uma espécie de terreno baldio. Sem diretor-geral, o órgão aguarda pela chegada da cavalaria.
Ao cometer o crime hediondo do exagero, o PR subverteu a essência do fisiologismo de resultados que impulsiona o consórcio governista.
Desde o mensalão, estava combinado que as legendas iriam aos cofres com método. A invisibilidade era essencial à governabilidade da roubalheira.
Gravitam em torno de Dilma 14 partidos. A selvageria do PR como que destruiu o muro de boas intenções que cercava as boca$.
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