Banco Central decide punir consumidores pobres

Por Lourenço Prado, presidente da Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito)

O Banco Central vai fiscalizar crédito com valor a partir de R$ 1.000,00, de acordo com notícias divulgadas pela imprensa. O objetivo é controlar a expansão do crédito e avaliar melhor o risco embutido nas operações.
Por que a preocupação em fiscalizar os mais pobres? Por que não investir em educação financeira? Por que não aproveitar o crédito para manter a economia em expansão? Por que não reduzir os juros a níveis civilizados?
As respostas são óbvias e o Banco Central não as adota porque joga para os gestores do mercado que ganham muito com os juros astronômicos. Não interessa ao Banco Central subsidiar campanhas a favor da educação financeira dos novos consumidores, que foram recentemente incluídos na economia, se bem que deveria agradecer a estes mesmos consumidores, na sua grande maioria trabalhadores, que sustentaram o mercado interno brasileiro na recente crise financeira mundial.
Ao escolher manter os juros altíssimos e punir os pobres que exercitam depois de séculos o gostinho de serem economicamente incluídos, o Banco Central faz parte do coro dos grandes grupos econômicos.
Quando se investiu valores expressivos para o resgate do Banco Panamericano, de Silvio Santos, não ouvimos nenhuma manifestação contrária a se fornecer crédito para operações distantes do interesse social.
Mas quando os pobres começam a acreditar no sistema capitalista brasileiro, a exercitar sua inclusão econômica através do crédito que lhes chega com os juros mais caros do mundo, aí então entra em cena o Banco Central. Para punir os pobres e manter os juros nas alturas.

Mais informações com Lourenço Prado no celular 06181147878 ou com Marco Roza, da assessoria de imprensa, no 0800-11-1239 ou no celular 01196184220.

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