Welington Landim condena centralização das indústrias na Região Metropolitana

Na sessão plenária de ontem, quinta-feira (16/06) o deputado Welington Landim (PSB) destacou a matéria do Diário do Nordeste “Indústria no Ceará mantém concentração e salário baixo”, publicada na última quarta-feira (15/06). “Minha preocupação é que essa matéria nos mostra que a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) centraliza as vagas industriais, enquanto o Interior fica desfavorecido”, afirmou.
O deputado Welington Landim observou que as políticas de incentivo governamentais no Ceará não foram suficientes para consolidar a interiorização da atividade industrial no Estado. “O jornal mostrou que um estudo divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento de Trabalho (IDT) demonstra que 73% dos industriários que atuam em empresas no Ceará recebem remuneração de até 1,5 salário mínimo. Já os empregos formais gerados pela indústria na RMF, correspondem ao dobro do estoque de postos no Interior”, explicou.
Welington Landim ressaltou que a concentração das fábricas de grande porte é nos municípios pertencentes à região metropolitana.Das 49 indústrias existentes no Estado, somente 11 estão fora do perímetro da região. “Não tem emprego no interior do Estado. Ainda não encontramos a forma dessa industrialização chegar no Acaraú ou no Brejo Santo, por exemplo. Na maioria das vezes, os empresários querem ficar na região metropolitana”, pontuou.
Em aparte, o deputado Cirilo Pimenta (PSDB) destacou que é preciso uma discussão de planejamento e desenvolvimento econômico regionalizado no Estado. “Precisamos provocar uma discussão que traga mais rendimentos. Vamos aproveitar as potencialidades de cada região”, informou. Carlomano Marques (PMDB) afirmou que é preciso incentivos federais para que as empresas possam se instalar fora da região metropolitana. “Precisamos fazer uma transformação na economia aproveitando que estamos em processo de transformação”, disse.
Leonardo Pinheiro (PR) propôs debater formas, idéias e soluções para essa questão que estaria prejudicando o Interior. “Para falar do Ceará desenvolvido, precisamos falar das desigualdades do Estado”, concluiu.

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