Sem teto - Problema com cinzas de vulcão deixa hotéis lotados


Não há mais vagas em hotéis em São Paulo para acomodar passageiros retidos, informou o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas. Houve superlotação por conta das cinzas de vulcão que afetam o tráfego aéreo e dos ventos fortes que prejudicaram a operação dos aeroportos de Guarulhos (Grande São Paulo) e Congonhas (zona sul de São Paulo).

A orientação das empresas aéreas é que os passageiros voltem para casa ou para a casa de parentes. Há obrigação legal de as empresas providenciarem acomodação para passageiros em caso de atraso de voo. As companhias já avisaram à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que, excepcionalmente, não conseguirão cumprir a medida.

A informação do prejuízo aos voos está nas páginas na internet das principais companhias aéreas brasileiras. O problema da falta de vaga de hotéis para uso das companhias aéreas já vinha acontecendo nos últimos meses. Passageiros chegaram a ser acomodados em hotéis distantes de SP, como Atibaia e Bertioga.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-SP, Bruno Omori, diz que o problema possivelmente esteja concentrado no entorno do aeroporto e nos hotéis econômicos, perto ou longe de Guarulhos. Ele acredita que haja vagas em hotéis de outra categoria e mais afastados, como os 4 estrelas de São Paulo, por exemplo.

“Mas realmente é complicado encontrar um hotel que tenha 200 vagas disponíveis, por exemplo, para acomodar todos de um voo parado em São Paulo. Os hotéis de São Paulo têm, durante a semana, ocupação média de 75% a 80%”, disse. Omori orientou aos passageiros para ligar para os hotéis para verificar a disponibilidade de vagas.

CANCELAMENTOS
A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue continua causando cancelamento de voos no Brasil. Até às 17 horas de terça-feira, 51 voos das companhias aéreas TAM e Gol haviam sido cancelados. A nuvem de cinzas, que chegou à capital argentina pela manhã, fechou os dois aeroportos da cidade.

De acordo com a TAM foram fechados os aeroportos de Buenos Aires (Argentina); Assunção e Ciudad del Este (Paraguai); Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile) e Foz do Iguaçu (PR). A companhia cancelou 32 viagens até agora e diz que está analisando permanentemente as informações disponíveis sobre a densidade e o deslocamento da nuvem. Em sua avaliação, porém, ainda há riscos para a operação de voos nessas rotas.

Já a Gol teve 19 voos cancelados provenientes das regiões afetadas pela nuvem de cinzas vulcânicas. A Gol avisa que clientes com viagens marcadas até o dia 13 de junho, com destino ou origem em cidades atingidas poderão entrar em contato pelo telefone 0300 115 21 21 e remarcar o voo sem custos ou optar pelo cancelamento com reembolso integral da passagem. Para entrar em contato com a TAM o passageiro pode ligar nos telefones: Brasil - 4002-5700 (capitais) e 0800-570-5700 (demais localidades)Argentina - 0 810 333 3333, Chile - 56 2 6767 900, Paraguai - 595 21 659 5000 e Uruguai - 000 4019 0223

VOOS RETOMADOS
As companhias Aerolíneas Argentinas e LAN anunciaram na tarde desta terça-feira que começaram a retomada dos voos com decolagem de Buenos Aires. A Aerolíneas diz que houve “melhora das condições meteorológicas com a dispersão da nuvem vulcânica”. A nuvem de cinzas do vulcão Puyehue, que chegou à capital argentina pela manhã, fechou os dois aeroportos da cidade.

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