Roberto Cláudio destaca universalização do saneamento na abertura do FIP

O V Fórum de Idéias Inovadoras em Políticas Públicas (FIP) debateu na manhã desta segunda-feira (20/06), na sua quinta edição, “Experiências Internacionais e Nacionais de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário”. “Essa edição do FIP é de grande significado e importância para o desenvolvimento urbano”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio (PSB).

O parlamentar ressaltou a relevância da universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário. “Temos a obrigação de nos prepararmos para universalização desses serviços, já que não estamos distantes dessa meta”, pontuou. Segundo o presidente, existe um compromisso do Governo Federal. “Esse é um debate que vai ajudar a encontrar caminhos mais fáceis e menos dolorosos para a prestação desses serviços”, explicou.

O presidente do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado (Arce), Haroldo Rodrigues, destacou que pensar o setor de saneamento é, acima de tudo, uma tarefa de diálogo construtivo entre os governos e do governo com a sociedade. “O saneamento básico é um dos principais eixos para o desenvolvimento do Brasil”, defendeu.

Segundo Rodrigues, erradicar a pobreza extrema é um compromisso que coloca a temática de abastecimento e saneamento na agenda das políticas públicas do Estado. “O tema saneamento é uma agenda do presente”, frisou.

O especialista em Água e Saneamento do Banco Mundial, Marcos Tadeu Abicalil, informou que 2,7 bilhões de pessoas carecem de saneamento, sendo a maioria no continente asiático. No Brasil, 53% da população estão sem o serviço. “Podemos pensar que na America Latina a meta para 2015, com a expansão do acesso, caminha em direção a ser alcançada. É preciso ver os desafios na forma de se prestar o serviço, pois, embora o mundo caminhe, muitos países não conseguirão alcançar a meta como o Haiti”, salientou. “A disparidade é um desafio importante a ser pensado em termos globais” acentuou.

O especialista comentou a diferença entre o acesso urbano e rural. “Muitos países podem cumprir suas metas na cidade, mas não no campo. Esse é um desafio para o Brasil. É preciso pensar em como atender a todos”, afirmou.

Marcos Tadeu ressaltou ainda que para cumprir as metas do milênio, o mundo precisa desenvolver políticas públicas que garantam o serviço aos mais pobres. “Temos que definir uma regulamentação adequada e estimuladora da garantia dos direitos. Não dá para viver com pessoas que não tem o básico de esgotamento e saneamento, mas tem celular. Essa é a nossa realidade atual”, revelou.

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