Por ordem do STF, Battisti deixa a prisão em Brasília

Preso no Brasil desde 2007, o terrorista italiano Cesari Battisti, 56, ganhou o asfalto cinco minutos depois da meia-noite desta quinta (9).

Foi ao meio-fio graças a um alvará de soltura expedido pelo presidente do STF, ministro Cezar Peluso.

Horas antes, o Supremo manteve, por seis votos contra três, o decreto de Lula que negou a extradição de Battisti para a Itália.

O ex-prisioneiro deixou a cadeia da Papuda, em Brasília acompanhado de dois advogados, o petista Luiz Eduardo Greenhalgh e Luís Roberto Barroso.

Battisti não disse palavra à imprensa. Fez questão de baixar o vidro do carro, para ser alcançado pelas lentes fotográficas.

Foi conduzido a um condomínio fechado situado nas proximidades do presídio. O nome do local é sugestivo: Solar de Brasília.

Brindado com a decisão que o autorizou a permanecer no Brasil, Battisti terá de requerer ao Ministério da Justiça a regularização de sua estada.

Na Itália, país onde Battisti foi condenado a prisão perpétua por quatro crimes de morte ocorridos na década de 70, soou o primeiro protesto.

Giorgia Meloni, ministra italiana da Juventude, referiu-se à decisão do STF em termos azedos. Disse coisas assim:

"A decisão dos juízes do Supremo brasileiro de não autorizar a extradição de um criminoso como Battisti representa a enésima humilhação para as famílias de suas vítimas".

Ou assim: “É um tapa nas instituições italianas e um ato indigno de uma nação civilizada e democrática."

Afirmou que a Itália levará a briga para reaver seu condenado à arena internacional: "O governo continuará fazendo tudo ao seu alcance, e isto inclui a União Européia.”

Referiu-se a Battisti como “criminoso comum, que mascarou seus crimes sob a luta política”.

Disse que precisa ser recolhido a uma cadeia da Itália para “pagar sua dívida para com o povo italiano".

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