Operação Robalo investiga prefeito

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta terça-feira, em Juazeiro do Norte, região do Cariri, a Operação Robalo. O objetivo da ação é cumprir mandados de busca e apreensão no município de Barro, naquela região. Trabalham na atividade equipes da PF e da Controladoria Geral da União no Estado.

A investigação decorre de inquérito policial, através do qual são investigados crimes de peculato (desvio de Recursos Públicos Federais); fraudes em licitações e formação de quadrilha. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região em Recife, depois de uma representação da Polícia de Juazeiro do Norte.

Segundo a PF, o crime envolve o prefeito do Município, José Marquinelo Tavares, e um vereador da cidade, além de servidores públicos do município, cujos nomes não foram revelados. Eles são acusados de construir açudes públicos com uso de máquinas particulares, pertencentes ao prefeito José Tavares; além de usar combustível da Prefeitura e trabalhadores braçais que eram servidores públicos.
De acordo com a Polícia, as obras eram realizadas com a aparência de que tinham sido executadas por empresas particulares, vencedoras de licitações “fantasmas” e fraudulentas. O objetivo, ainda segundo a PF, era desviar os recursos públicos federais destinados às obras.

Investigação
A Operação Robalo foi batizada com o nome de uma espécie de peixe que tem preferência por águas barrentas, fazendo referência ao objeto da investigação e ao município. O objetivo da ação, segundo a PF é desmantelar uma organização criminosa, formada por servidores públicos e empresários da região.

Os policiais realizaram a apreensão de documentos com os servidores, com foco nos papéis relativos à construção de açudes e transações com tratores, procedimentos licitatórios, carimbos, computadores, comprovantes e extratos bancários, mídias e outros nas residências dos acusados. Os documentos segundo a PF, confirmam a organização criminosa.

Ainda na tarde de terça-feira, as equipes da PF, circulando por toda a cidade, apreenderam documentos e notas fiscais. “Tudo será levado para ser analisado pela PF e pelas equipes da Perícia e da Controladoria da União”, explicou o delegado PF Alan Robson. “Quando todos os documentos forem examinados, vamos chamar as pessoas para prestar depoimento. Os autos serão encaminhados ao Tribunal Regional Federal”

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