"NYT" se volta para o futuro digital

A nova editora-chefe do "New York Times", Jill Abramson, indicada no final da semana, declarou ao Poynter que completar a transição digital "é provavelmente o desafio mais importante que tenho pela frente".

Ela defende a diversidade na redação, com uma mulher no comando e um negro, Dean Baquet, como segundo. Diz ser "importante pelo mundo que cobrimos, que é diverso" e, sem jornalistas que o reflitam, "perdem-se aspectos importantes". Mas o foco é a integração papel/digital:

Vou chefiar o "Times" num período desafiador, quando estamos fazendo a transição de um mundo dominado pelo papel para um mundo dominado por notícias que chegam digitalmente.

Ao Huffington Post, declarou ver sua tarefa como "agarrar o futuro e ajudar a tomar as decisões certas para chegar lá". Como segunda de Bill Keller, que segue como editor até agosto, chegou a se licenciar das funções cotidianas para se dedicar à face digital do jornal.

Keller entregou o cargo logo após saírem os primeiros resultados do acesso pago, com "números encorajadores", no dizer do publisher Arthur Sulzberger Jr. "Não quero deixar meu sucessor no meio de uma crise", argumentou Keller, segundo a "New York".

Oito anos atrás, ele assumiu a edição em meio a duas crises históricas do "NYT", envolvendo as reportagens de Judith Miller, que levou o jornal a bancar a existência de armas de destruição e a invasão do Iraque, e de Jayson Blair, por plágio.

A indicação de Jill Abramson foi elogiada pela crítica de mídia lembrando, em parte, a forma com que tratou em 2008 de outro episódio de plágio, este do correspondente do jornal no Brasil, Alexei Barrionuevo, que copiou dois parágrafos do "Miami Herald".

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