Lula visita Fidel e Raúl Castro


O presidente cubano, Raúl Castro, se despediu de Lula no aeroporto e fez brincadeiras sobre a idade
FOTO: REUTERS

Ex-presidente revisou projetos financiados por Brasília e seguiu para a Venezuela, onde encontra Hugo Chávez

Havana. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) concluiu, ontem, uma visita de dois dias a Cuba, durante a qual se reuniu com Fidel e Raúl Castro, e revisou projetos financiados por Brasília. Após a visita, Lula viajou para a Venezuela, onde deve se encontrar com o presidente Hugo Chávez.

"Fiquei muito entusiasmado, penso que as coisas estão bem, agora vou a Caracas, amanhã (hoje) participarei em um fórum com empresários e conversarei um pouco com o presidente (Hugo) Chávez", declarou Lula no aeroporto, onde se despediu do presidente cubano Raúl Castro.

Lula afirmou que Fidel está "muito bem e falante como sempre". Ele também se disse "feliz porque o trabalho que o Brasil está fazendo com Cuba está avançando muito bem".

Fidel Castro, 84 anos, afastado do poder desde 2006 por uma grave crise de saúde, é um antigo amigo de Lula desde a época que era dirigente sindical. O ex-presidente visitou a ilha quatro vezes durante seus dois mandatos (2003-2011).

"Espero que a presidenta Dilma (Rousseff) faça uma visita a Cuba e que depois o presidente Raúl visite o Brasil para que nossas relações continuem cada vez melhor", ressaltou Lula.

Bom humor

Durante o encontro com o ex-presidente brasileiro, Raúl Castro fez brincadeiras sobre sua idade. Ele, que completa 80 anos hoje, afirmou que "está melhor do que muitos jovens".

Em um tom jocoso, o governante chegou a perguntar às mulheres como elas o viam, mas disse depois, mais sério, que lamentava não poder se retirar do poder, uma alusão à proposta que limitaria o tempo de permanência para cargos políticos do Estado. " É uma pena que eu não posso me aposentar e cumprir o que se acordou no Congresso (do Partido Comunista)", afirmou após se despedir de Lula. Ele também alertou que o governo comunista da ilha está aplicando um "duro" plano de reformas econômicas.

Raúl, que substituiu em 2008 na Presidência o seu irmão Fidel, disse em abril durante o congresso que era "uma verdadeira vergonha" que o país não tenha preparado líderes jovens para substituir a geração histórica que foi liderada por quase meio século pelo seu irmão.

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