Guerra fiscal é coisa de paulista

Por Macário Batista
Só os desavisados usam o termo - Guerra fiscal - para citar quando um Estado oferece benefícios fiscais para que empresas se instalem lá. É o caso do Ceará que, consciente de seu potencial e sofrendo a discriminação da distancia das centrais consumidoras, há anos, muitos anos, oferece isenções e benesses a indústhrias que gerem empregos e rendas por aqui. Não existe guerra fiscal, a não ser na imprensa do sul-sudeste para continuar pisando no pescoço do resto do Brasil, em defesa de Estados como Rio,Minas, São Paulo e do cone sul. Quer dizer que eu abrir mão de um imposto para dar emprego a meu povo é fazer guerra contra essa gente? Criaram o texto que a indigencia intelectual repete, para conduzir o sentimento político e a ação da Fazenda Nacional contra o que nos tem dado níveis razoáveis de crescimento, melhoria na qualidade de vida, emprego, renda e até inverter o quadro de imigração, eis que estamos lotados de paulistas, mineiros, cariocas, sudestinos de toda ordem, vindo pra cá à cata de emprego, gerado pelas indústrias que desistiram de lá. Isso não é guerra, muito menos fiscal. É fruto de progresso, de desenvolvimento, de bom senso administrativo. Lembro como se fosse hoje o saudoso Prefeito José Euclides Ferreira Gomes, de Sobral, abrindo mão, por 20 anos, ou algo assim, do ISS que seria cobrado pela fábrica de cimento Portland, para que se instalasse na terra dele. Zé Euclides apostou no emprego, no retorno do ICMS e no futuro. Ganhou o que talvez nem imaginasse ganhar. Aqueles primeiros 5 mil sacos/dia de cimento, são hoje perto de 100 mil. Passaram-se os vinte anos e a cidade começou a arrecadar como nunca. Os empregos cresceram, a cidade e os investimentos cresceram no entorno. Não foi diferente com a gaucha Grandenne. Isso, no entender da CNI, que agora processa o Ceará por "guerra fiscal", é crime. Contra quem? Contra os interesses inatacáveis de São Paulo, do Rio, de Minas, dos sudestinos empresários, estes sim, usurpadores do sangue do nordeste, principalmente quando garroteiam o desenvolvimento das bandas de cá. O fato de estarmos ficando por aqui, construindo nosso futuro, ao invés de ir construir outras São Paulos,com operários e mão de obra migrande e faminta, incomoda o gigantismo. Na verdade o que também e mais incomoda a eles é um cearense, palhaço fazedor de graça, botar a banca da praça e se eleger deputado federal com mais de um milhão de votos nas barbas deles. Se continuarmos crescendo, quem irá lavar os nossos penicos, dizem lá, pensam lá, agem lá.

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