Greve - CMF apresentará emenda substitutiva


A negociação entre governo e professores da rede municipal que acontece na Câmara Municipal de Fortaleza vem surtindo efeito.

Ontem, a comissão que reúne representantes do comando de greve e parlamentares deliberou a criação de um grupo de trabalho para analisar as emendas já apresentadas e constituir um substitutivo ao projeto de lei enviado pela Prefeitura. A reunião foi coordenada pelo presidente da Casa, vereador Acrísio Sena (PT).

O grupo deve iniciar os trabalhos hoje, a fim de solucionar rapidamente a greve, que já dura mais de 30 dias. Acrísio voltou a salientar que a matéria não entrará na pauta de votação, desde que haja consenso, apesar de existir uma preocupação de ambos os lados para não prejudicar o ano letivo. Segundo ele, a Casa está disposta a avançar nas negociações e, portanto, já existe um indicativo de não votar a matéria do jeito que foi enviado à Casa.

Para a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), Gardênia Bayma, a proposta contempla a categoria. Porém, segundo ela, a categoria só aceitará uma emenda que reafirme a lei do Piso Nacional. Qualquer indicativo contrário será recusado.

ESCALONAMENTO
Ainda durante a reunião, o grupo decidiu discutir uma das propostas apresentadas na última reunião, que é o escalonamento do piso salarial. O líder da prefeita na Casa, vereador Ronivaldo Maia (PT), sinalizou que a Câmara tem legitimidade para emendar a matéria. Segundo o petista, o Executivo irá respeitar, sem criar qualquer crise. Somente, não poderá atender a reivindicação da tabela apontada pelo Sindicato.

Já Ana Cristina Guilherme, do Sindiute, afirmou que a categoria rejeita a tese da incorporação da gratificação da Regência de Classe ao salário-base, pois entende que é uma forma de “ludibriar” a lei do Piso Nacional.

No entanto, de acordo com ela, a categoria aceita discutir o escalonamento do piso salarial ao longo dos próximos anos. Cristina explicou que a ideia atende a categoria, além de entender que a Prefeitura precisa de tempo para se planejar. Apesar da lei do piso ser de 2008 e o governo não se preveniu.

Servidores do PSF
Outra categoria que também busca intermediação da Câmara Municipal de Fortaleza é a dos servidores do Programa Saúde da Família (PSF). Eles estiveram, ontem, ocupando a galeria da Casa, reivindicando a correção do Plano de Cargo e Carreiras e Salário.

Tentando resolver o impasse destes profissionais, uma audiência pública para debater a situação dos servidores da saúde, que estão em greve desde o dia 3 de maio, está marcada para sexta-feira, dia 3 de junho.

Ao utilizar a tribuna, João Alfredo (PSol) criticou a postura da Prefeitura. Segundo ele, o governo está fechado para negociação. “Temos tentado fazer a mediação, mas quem tem a obrigação de resolver a questão é a Prefeitura”, cita o parlamentar. O Presidente Acrísio Sena (PT) ressaltou a importância do acolhimento dos profissionais em greve e parabenizou o trabalho do Legislativo em buscar resolver, de maneira adequada, o entrave entre o movimento e a administração pública municipal. “A Câmara está de parabéns por ajudar a resolver essa questão”

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