"Estamos sofrendo perseguição por parte do PSDB", diz Esmerino Arruda


“Eu e meu filho estamos sendo perseguidos pelo PSDB, porque em tempos passados eu disse a verdade”. A declaração é do prefeito de Granja, Esmerino Arruda, referindo-se à possível expulsão do deputado Gony Arruda do partido por este ter aceitado a Secretaria do Esporte do governo Cid Gomes, questão que já está decidida pela Comissão de Ética do partido.

Gony diz ter agido com o endosso da maioria da bancada tucana da Assembleia. Mas o argumento não convence a Executiva tucana, que ensaia um discurso de oposição ao antigo aliado Cid, de cujo primeiro governo o PSDB participou com dois secretários: Bismarck Maia (Turismo, hoje no PSB) e Marcos Cals (Justiça). Este ocupou o cargo até abril de 2010 e poucos meses depois tentaria frustrar a reeleição de Cid, ficando em segundo lugar.

A verdade dita por Esmerino Arruda, segundo ele, é que o próprio Tasso apoiou a primeira eleição de Cid ao governo e de Ciro Gomes à Câmara Federal, sendo o ex-senador tucano, portanto, um infiel partidário tal como Gony é acusado de ser hoje. “Quando o partido ameaçou expulsar 19 prefeitos por infidelidade, eu disse que o partido tinha que expulsar primeiro o Tasso Jereissati”, recordou Esmerino ao jornal O Estado.

Segundo o prefeito, o cerco do PSDB à sua pessoa é resultado da ira que a lembrança do passado causou em Tasso. Perguntado se deixaria o partido por causa dessa perseguição, Esmerino responde que por enquanto prefere aguardar a expulsão de Gony Arruda, “o que é uma injustiça, porque antes de assumir a Secretaria do Esporte ele avisou os seus colegas”.

EXPULSÃO NA CERTA
Com o parecer da Comissão de Ética, o deputado federal tucano Raimundo Gomes de Matos diz que “sem dúvida” a Executiva do PSDB dará o veredito pela expulsão de Gony. “O partido não está perseguindo o secretário do Esporte, que teve tempo suficiente para solicitar autorização para aceitar o cargo que lhe foi dado pelo governo”.

E a expulsão de Gony, segundo o deputado, não incomoda o PSDB, pois o partido prefere a qualidade à quantidade. “Não queremos um partido inchado de desobedientes, porque fica sempre uma dúvida de que a unidade não será preservada quando for necessário para uma tomada de posição”, explica Gomes de Matos, segundo quem Gony foi reeleito à Assembleia pela força do partido e não por sua força de votação própria. (informações de Tarcísio Colares).

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