A sessão de ontem da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF) foi marcada por novas críticas ao secretariado da prefeita Luizianne Lins (PT). Inclusive de aliados da gestão petistas, que falaram em pedir exoneração do procurador geral do Município, Martônio Mont’alverne.
O vereador Eron Moreira (PV) afirmou que, caso a sessão que aprovou o reajuste salarial dos professores da rede municipal, dia 7 de junho, for anulada, pedirá a exoneração de Martônio Mont’alverne, além do assessor jurídico da Mesa Diretora da Casa.
Segundo ele, os parlamentares seguiram orientações jurídicas da Casa, e o procurador deu aval à publicação da lei no Diário Oficial.
Noutra ponta, o segundo vice-presidente, vereador Carlos Mesquita (PMDB) afirmou que Luizianne está sendo “vítima do seu próprio secretariado”. Isso porque, segundo ele, os demais vereadores, que também querem colaborar com Fortaleza, estão “blindando” a prefeita, o que dificulta o diálogo. Além disso, Mesquita disse que, às vezes se tem noção que alguns secretários não têm compromisso nem com a cidade, nem com os parlamentares. Ou seja, estão “descompromissados com o progresso da cidade”.
O ex-presidente da Casa, vereador Salmito Filho (PT), no entanto, pediu que o verde ponderasse sua colocação. Ele explicou que já foi assessor, e ele [assessor jurídico da Casa], tem direito de errar. Ou seja, todos, inclusive os parlamentares, têm o direito de cometer erros. Já José do Carmo (PSL) disse que Martônio é preparado e tem sabedoria para exercer o cargo.
Para o líder do governo, vereador Ronivaldo Maia (PT), a fala de Eron legitima que a CMF não cometeu nenhum ilegalidade. Talvez, no calor do debate, incluiu a Procuradoria Geral do Município, por ser a responsável por ratificar a constitucionalidade da matéria.
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