Em jantar com Ideli, aliado serve palavras indigestas

Dependendo do rumo da prosa, a melhor parte do diálogo costuma ser aquela que obriga o interlocutor a calar.

Ideli Sanvatti, a nova coordenadora política de Dilma Rousseff, foi protagonista de uma dessas conversas fadadas ao silêncio.

Em nota do Painel, coluna editada pela repórter Renata Lo Prete e veiculada na Folha, conta-se o seguinte:

- Garfo e faca: Em jantar com governadores do Nordeste, Ideli Salvatti pediu o engajamento de todos para evitar a aprovação da PEC 300, que estabelece piso salarial para policiais.

Eduardo Campos (PSB-PE) reagiu: "Eu não vou para a porta do Congresso pedir voto contra um projeto que o Tarso Genro rodou o Brasil defendendo" -o então ministro da Justiça era a favor da emenda, com a ressalva de que não se deveria fixar valores.

Quando a nova ministra mencionou que, desde segunda-feira, pedia a Dilma Rousseff que os recebesse, Campos atalhou:

"Com todo o respeito, a senhora sentou nessa cadeira agora. Nós somos governadores eleitos. Não precisamos de ajuda para falar com a presidente".

E completou: "Nós somos aliados! Não estamos aqui para chantagear o governo!".

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