Críticas - Cid diz que Dilma "precisa se afirmar"


Para o governador Cid Gomes (PSB), a saída de Antonio Palocci da Casa Civil enfraquece o governo e é péssima para a presidente Dilma Rousseff, cuja postura diante da crise, para Cid, demonstrou uma autoridade vacilante. “Eu torço para que ela compreenda que tem horas que você precisa se afirmar”, disse o governador. As declarações foram dadas em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar para o programa É Notícia, que será exibido as 0h30 deste domingo, 12, pela Rede TV!.

Após 23 dias de pressão de opositores e mesmo de integrantes do governo em função das denúncias acerca de seu prodigioso enriquecimento entre 2006 e 2010, Antonio Palocci entregou carta a presidente Dilma Rousseff na última terça-feira solicitando o seu afastamento da Casa Civil, onde foi substituído pela senadora petista Gleisi Hoffmann (PR).

Na entrevista, Cid Gomes criticou o fato de Dilma ter-se mantido distante durante o tumulto político envolvendo Palocci, tendo se posicionado sobre as denúncias contra o ex-ministro apenas depois de uma conversa com o ex-presidente Lula, que acorreu a Brasília para tentar remediar a crise. Daí a necessidade de “se afirmar”, como declarou o governador.

Cid também afirmou que, em sua opinião, a presidente deveria fazer um bom governo para que Lula pudesse tentar um terceiro mandato. “Se eu fosse a Dilma, faria tudo para estar bem em 2014, mas convidaria o Lula para ser candidato. É o que eu faria. A Dilma se elegeu pela força do Lula e gratidão é uma virtude que eu prezo muito. O caminho seria esse”.

PSB INCOMPETENTE
O PSB, partido do governador, também sofreu críticas severas. Cid Gomes classificou como “incompetência” a falta de ação do PSB ao permitir que o deputado federal Gabriel Chalita e o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, migrassem para o PMDB alegando falta de espaço político no PSB.

“Acho que o partido foi incompetente. Dois grandes quadros de São Paulo, têm que ter presença importante em São Paulo. O Chalita é potencial e acho que será prefeito de São Paulo. O PSB perdeu um quadro desse por uma coisa cartorial”.

O governador também opinou sobre temas polêmicos, entre eles, a legalização das drogas e a descriminalização dos usuários. Para o entrevistado, na prática, a descriminalização já existe. “Ninguém vai preso por fumar maconha. Não acontece. Já se descriminalizou o consumo. Mas eu discordo da legalização das drogas”, conclui.

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