Copa 2014 - Obras só saem através da União, dizem vereadores

O andamento das obras para a Copa do Mundo de 2014 tem preocupado alguns parlamentares. Se não houver, de acordo com eles, união total dos segmentos da sociedade, principalmente da classe política, os empreendimentos, dificilmente, alcançarão seus objetivos. Em resumo, é o que pensam alguns vereadores de Fortaleza. No último domingo, parte do estádio Castelão foi demolida para dar continuidade às obras, onde serão edificados os camarotes, sala de monitoramento, broadcasting e outros.

O vereador Iraguassu Teixeira (PDT) afirmou que “é preciso, antes de tudo, despolitizar esta discussão, sem que todos os esforços das autoridades possam resultar em perdas e decepções”. Ele sugeriu que haja mais “humildade” por parte de vereadores e deputados da base aliada ao governo, levando-se em conta os benefícios oriundos dos grandes projetos executados à população.

Já Plácido Filho (PDT), nesse sentido, observou que o Ceará deve imitar outros estados, como: Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo que, momentos assim, desprezam as questões partidárias e se aliam para tratar de assuntos de interesse de suas federações.
O vereador licenciado, Marcelo Mendes (PTC), chamou atenção para o grande acúmulo de projetos que, em seus cronogramas, apresentam atrasos. Tais atrasos, segundo ele, se devem a dificuldades financeiras enfrentadas pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Fortaleza. Nesse caso, diz ele: “além da união entre todos os cearenses, é preciso cobrar mais do governo federal, responsável maior por todas as despesas, já que tem o controle dos recursos necessários”.

Novas regras para licitações
é prioridade
A votação da Medida Provisória (MP) 521, que cria um regime diferenciado de contratações públicas, visando a agilizar as contratações de obras voltadas à realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, deve ser prioridade do governo, nesta semana, na Câmara dos Deputados. Inicialmente, a MP foi editada para ampliar o valor da bolsa de médico residente, mas foi emendada para tratar das licitações para obras da Copa.

Agora, o tema deve ser objeto de emenda a ser incluída na MP 527/11, que, originalmente, cria a Secretaria de Aviação Civil, que coordenará as políticas do setor ao invés do Ministério da Defesa. O objetivo do governo é acelerar as obras e serviços previstos para esses eventos. Porém, a base de oposição tenta barrar as novas regras sob o argumento de que elas fragilizam a transparência das licitações e, também, aumentar os casos de corrupção, pois seria um “cheque em branco ao governo”.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP), pediu ao relator, deputado José Guimarães (PT/CE), que distribuísse seu relatório aos líderes com antecedência.
Esta é a quarta tentativa de votar o RDC. A primeira foi com a MP 489/10, que criava a Autoridade Pública Olímpica e acabou perdendo a validade por não ter sido aprovada no prazo constitucional de 120 dias. Posteriormente, o governo tentou incluir emenda instituindo esse regime nas MPs 510/10 e 521/10, mas nos dois casos voltou atrás e retirou-a.

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