Welington propõe projetos-de-lei para inibir “saidinhas bancárias” no Ceará

O deputado Welington Landim (PSB) destacou nesta quinta-feira (07/04), em sessão plenária, a necessidade de medidas para inibir as saidinhas bancárias no Estado, prática cada vez mais frequente em todo o País. “Os assaltos vêm acontecendo com muita veemência”, disse, ressaltando que as quadrilhas se aproveitam até da idade dos clientes.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, em 2007 foram registrados 235 casos de saidinha bancária no Ceará; em 2008, 240; em 239; e em 2010, 268 casos. De acordo com o socialista, a maioria das saidinhas bancárias (95% dos casos), é registrada em Fortaleza.

Segundo o deputado Welington Landim, a polícia constatou, ainda, que em 88% dos casos as quadrilhas agem com dois homens; e em 77% das situações utilizam moto. “Os capacetes são problemas porque dificultam a identificação do assaltante. Muitas vezes há um carro dando cobertura para qualquer eventualidade”, explicou.

O uso do celular é outro problema que, na avaliação do deputado, vem facilitando as ações dos bandidos. Ele disse que há casos também de que alguém de dentro da agência dar sinal através do celular para os comparsas que estão do lado de fora, indicando o valor sacado e os trajes da possível vítima. A partir daí é feita a perseguição até o assalto ser executado.

Para isso, o parlamentar defendeu, por meio de projetos, a proibição tanto de celulares como de capacetes nas agências, além da implantação de biombos nos caixas eletrônicos, com o intuito de evitar que se veja as transações realizadas. Weligton fez um apelo à Procuradoria e ao presidente da Casa, deputado Roberto Cláudio (PSB), para que acatem as propostas, uma das quais, o deputado Ely Aguiar (PSDC) é autor.

Em aparte, Roberto Claudio (PSB) disse que o fato de as propostas de mesmo teor terem sido aprovadas em alguns estados não garante a constitucionalidade delas. Ele explicou que não cabe a Procuradoria e nem a Assembleia Legislativa a prerrogativa de decidir quanto à constitucionalidade, mas ao Supremo Tribunal Federal. “Se há alguma metodologia para agilizar o parecer estamos aberto para isso. Mas a constitucionalidade não está na prerrogativa deste poder”, esclareceu.

Em aparte, os deputados Moésio Loiola (PSDB) e Ely Aguiar reforçaram a preocupação com esse tipo de crime no Estado, destacando a necessidade de se tomar medidas. “O capacete que protege tanto, tem virado grande esconderijo para os bandidos”, afirmou Moésio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário