Reforma - Pesquisa aponta reordenamento da orla


A polêmica ganhou novo fôlego. Ontem, a Câmara Municipal de Fortaleza (CMF) apresentou o resultado da pesquisa popular sobre a retirada das barracas da Praia do Futuro. Das 1.979 pessoas consultadas, 90% defenderam a permanência dos estabelecimentos. Porém, desde que haja um reordenamento do espaço público. Agora, o debate é como fazer esta organização. Um seminário foi proposto para debater a questão, ainda sem data para realização. O objetivo do levantamento era retratar a opinião dos fortalezenses e de visitantes da Capital sobre o que deve ser feito em relação às barracas. Pelo Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (lei 7.661/88), é proibida a edificação de qualquer coisa na orla.

Para a representante da Advocacia Geral da União (AGU), Isabel Cecília, a pesquisa confirma as irregularidades já apontadas pela União, como a poluição do lençol freático. Porém, segundo ela, existe uma conversão de interesses. E, agora, o ponto central é estudar como pode ser feito um reordenamento do espaço, sem desobedecer à legislação.

INSTRUMENTOS LEGAIS
“Queremos equacionar e buscar uma solução, utilizando a possibilidade de usar os instrumentos legais para dar continuidade às barracas da Praia do Futuro”, afirmou o superintendente do Patrimônio da União, Jean Saraiva. Segundo ele, a pesquisa reforça o entendimento da União, que de forma ordenada seja revitalizada a orla cearense.

Na opinião da presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro, Fátima Queiroz, o resultado foi satisfatório, pois ficou “claro” que a população deseja a permanência das barracas. Mas, há necessidade de se pensar um reordenamento do local.

Seminário
Para Fátima, a realização de um seminário seria um ponto chave para discutir diretrizes, que venham desfazer este impasse. Já o presidente da Câmara, vereador Acrísio Sena (PT), defendeu que o espaço das barracas precisa ser preservado, e que a grande discussão é como será feito a readequação das barracas. Acrísio afirmou que a comissão de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente da Casa deverá realizar o seminário. “Estamos dando bons frutos”, comemorou o petista, referindo-se ao andamento do debate sobre a problemática, que já se arrasta há algum tempo. (por Laura Raquel)

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