Obama pode anunciar ‘recandidatura’ nesta semana

Nos EUA, como no Brasil, presidente no usufruto do primeiro mandato é um “recandidato” à espera do melhor momento para acontecer.

A imprensa norte-americana detectou nos penúltimos movimentos da Casa Branca indícios de que Obama se prepara para sair da toca.

Espera-se para os próximos dias o anúncio da candidatura dele à reeleição, em 2012. Pode vir por meio de mensagem eletrônica aos partidários.

Pode se materializar num gesto mais peremptório: a inscrição na agência federal eleitoral dos EUA.

Obama ensaia a volta à estrada num momento delicado. A popularidade não é vistosa: entre 45% e 48%, dependendo do instituto.

A conjuntura é tóxica. Já exausto de guerras –Iraque, Afeganistão...—o americano torce o nariz para a presença dos EUA na Líbia.

Há, de resto, grande impaciência do eleitor com a longevidade da crise econômica.

Na sexta (1º), veio à luz um dado alvissareiro: a menor taxa de desemprego em dois anos. Muito pouco, porém, para quem foi eleito sob densa expectativa.

A favor de Obama, a ausência de opositores. No partido dele, o Democrata, não há, por ora, quem se anime a desafiá-lo numa convenção.

No partido de oposição, o Republicano, os pretendentes não parecem à altura da empreitada.

São três os republicanos que se dispõem a enfrentar Obama: Tim Pawlentyuna, ex-governador de Minesota;...

...Newt Gingrich, um conservador de aparência e retórica toscas, que já foi presidente da Câmara;...

...E Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, batido em 2008 por John McCain, o adversário batido por Obama na eleição passada.

Ou seja: a despeito da atmosfera adversa que o envolve, Obama vai à disputa, no mínimo, com a aparência de mal menor.

O desafio não é, porém, pequeno. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o único democrata que conseguiu o segundo mandato foi Bill Clinton (1993-2001).

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