Em palestra no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, o ministro Nelson Jobim (Defesa) falou sobre a situação dos aeroportos brasileiros.
Mencionou os dois eventos internacionais que desafiam a infraestrutura aeroportuária: a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
"Pode ter algum desconforto [nos aeroportos], mas não vai ter caos. Caos aéreo é algo que ficou para trás", disse Jobim.
Realçou que o cálice envenenado foi afastado de sua pasta. Migrou para a recém-criada Secretaria de Aviação Civil.
Meia-verdade. Os controladores de vôo continuam submetidos ao comando da Aeronáutica.
De resto, Jobim enalteceu a “pujança” da aviação nacional. Recordou que, em março de 2011, o setor cresceu 23% em relação a março de 2010.
"O que há é um grande crescimento da capacidade aquisitiva dos brasileiros e uma queda enorme nos preços das passagens...”
“...Então, teve um crescimento imenso na aviação civil", disse Jobim.
Verdade. Só faltou recordar que o crescimento da demanda não foi acompanhado de um planejamento capaz de reestruturar os aeroportos.
Assim, os passageiros são como que convidados a observar o cenário pela ótica da lei das compensações.
Dizer que os aeroportos são a mesma porcaria, mas os brasileiros pobres agora também voam não resolve muita coisa.
Equivale a afirmar que o sujeito com uma canela menor que a outra tem uma perna curta. Mas também tem, obrigatoriamente, um perna mais comprida.
Submetido às poltronas apertadas do avião, o perneta viajará com uma taxa de conforto de 50%.
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