Jovem mexicana que sonha assistir ao casamento real é barrada no Reino Unido
Estibalis Georgina Chávez não conseguiu ingressar no Reino Unido por não contar com dinheiro suficiente para custear suas despesas e não ter um lugar para se hospedar
Por Agência EFE
Estíbalis Chávez chegou a montar uma barraca em frente a embaixada britânica no México em fevereiro para conseguir um convite para o casamento do príncipe William
A jovem mexicana que ficou 16 dias em greve de fome com o objetivo de ser convidada para o casamento do príncipe William e Kate Middleton conseguiu viajar até o Reino Unido, mas teve a entrada no país negada, revelou nesta segunda-feira à Agência Efe o patrocinador da viagem.
Quando parecia que finalmente ia atingir sua meta graças ao patrocínio do mexicano Octavio Fitch Lazo, Estibalis Georgina Chávez não conseguiu ingressar no Reino Unido na sexta-feira por não contar com dinheiro suficiente para custear suas despesas e não ter um lugar para se hospedar.
A jovem, de 19 anos, foi deportada a Madri, onde havia realizado uma escala, e continua na cidade com a esperança de obter mais ajuda para poder retornar à capital britânica antes do casamento real.
Aparentemente, não foi apenas no México que a garota teve trabalho para mostrar que "vale mais que o dinheiro" e que "sabe lutar por seus sonhos", disse à Efe Fitch Lazo, que contribuiu com 15 mil pesos (cerca de US$ 1.270) para as passagens aéreas.
Depois de ser barrada pelas autoridades britânicas, a jovem se mobiliza "o mais rápido possível" para conseguir dinheiro e um lugar onde se hospedar durante sua estadia em Londres pelo menos até o dia 29 de abril, quando será realizado o casamento na Abadia de Westminster.
Para Fitch Lazo, Estibalis conseguirá solucionar este contratempo porque é uma pessoa muito "lutadora".
Na capital espanhola, a jovem disse à Efe que está bem e ainda tem "esperanças" de poder realizar seu sonho, já que só precisa "comprovar a renda e de um lugar para dormir" em Londres.
Assistir a um casamento da monarquia britânica é o sonho de toda sua vida, pois a admiração pela princesa Diana (1961-1997), mãe de William, está no seu sangue desde menina.
"Minha mãe me ensinou a gostar dela desde que me entendo por gente", relatou à Efe enquanto cumpria sua greve de fome em frente à embaixada britânica no México.
Além do jejum realizado em fevereiro, a jovem começou a vender uma série de quadros que pintou sobre a realeza e enviou algumas cartas a meios de comunicação e associações civis para conseguir patrocínios.
Mas a mexicana só conseguiu concretizar a viagem quando Fitch Lazo, que a viu em um dos jornais, decidiu ajudá-la. "Me deu dó que as pessoas a atacassem, em vez de perceberem que é uma menina humilde com vontade de progredir, mas além disso gostei muito de seus quadros e tive a oportunidade de ajudá-la", explicou nesta segunda-feira.
Por ora, Estibalis não pode entrar no Reino Unido para ver mais de perto o casamento real, visto que não conseguiu ser convidada, embora ainda restem cinco dias e, na opinião de seu patrocinador, "a batalha ainda não está perdida".
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