Fortaleza - Em dias de chuva, sufoco aumenta


Por Sara Oliveira
saraoliveira@oestadoce.com.br

Mais um dia de chuva, não tão intensa, mas contínua. Durante a manhã, uma precipitação de 39,9 mm dificultou a vida de muitos fortalezenses. No carro, a pé, no ônibus e até de bicicleta. Ninguém escapa dos infortúnios que a chuva costuma trazer. O trânsito lento e engarrafamentos são o primeiro sinal das dificuldades enfrentadas na Capital. A simples ação de atravessar a rua já exige atenção.

Sobre os problemas que demandam atendimento profissional, de sábado até as 17 hora de ontem, a Defesa Civil de Fortaleza recebeu 20 ocorrências.

Na Avenida Aguanambi, no trecho afetado pela queda de uma das paredes do canal da via, o cenário é confuso. Na parada de ônibus ao lado do viaduto próximo à obra, a “briga” por um espaço é visível. As pessoas apertam-se na calçada com medo de serem molhadas. Muitos buracos à beira do asfalto, carros e ônibus, muitos em alta velocidade, são sinônimos de um “banho de lama”. “Eu já me molhei várias vezes. Quando amanhece chovendo você já pensa no caos que vai ser. Enfrento atraso e tormento para se deslocar e ainda o risco de ser molhado. Eu já tomei banho várias vezes”, contou o estudante Tony Fernandes.

“DRIBLANDO A CHUVA”
Os guarda-chuvas e os dribles ao atravessar são as armas de quem anda a pé em Fortaleza. Para os ciclistas, capa de chuva e muita agilidade ao andar no asfalto na hora da chuva são essenciais. Aos motoristas, paciência e destreza ao enfrentar buracos, obras, interdições e demora.

“Já é ruim diariamente por causa de vários motivos: número crescente de carros, estrutura viária falida e interdições. Quando chove então, tudo piora. Ainda tem outro agravante. O cearense não sabe ‘andar’ na chuva”, opinou o estudante Pedro Júnior. A rua Padre Valdevino e a avenida Bezerra de Menezes foram os pontos mais críticos para ele durante o dia de ontem.

Para o taxista Luciano Gomes o pior momento do trânsito desta segunda-feira foi próximo ao terminal da Parangaba. “Fiquei quase uma hora para andar quatro quarteirões hoje pela manhã, por volta das 8 horas. Muitos ônibus e carros. Os motoristas também andam mais devagar, já com medo dos buracos”, disse. De acordo com informações da Fundação Cearenses de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão para hoje é de nebulosidade variável com chuvas. O comerciante Júlio Braga, que sempre que chove tem a barraca de lanches invadida pela água, também compartilha sua previsão para amanhã: “Vai ser mais ‘peleja’ para todo mundo. Mas, é Deus quem manda a água né? O que a gente pode fazer”.

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