Estaleiro Promar

Vai começar a construção do segundo estaleiro pernambucano. A Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) liberou na quarta-feira a licença de instalação (LI) para o Estaleiro Promar, que tem como sócios o grupo coreano STX (STX Brazil Offshore) e a brasileira PJMR. A previsão é a de que a construção demore 28 meses, com investimento de R$ 300 milhões.

O Promar venceu a licitação para construir oito navios gaseiros para a Petrobras Transporte (Transpetro), dentro do seu Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). Uma encomenda de quase R$ 1 bilhão, com perspectiva de gerar 10 mil empregos diretos e indiretos até 2015. A primeira embarcação deverá ser lançada ao mar já em 2012. Inicialmente, o estaleiro estava previsto para o Ceará mas, por falta de uma área adequada, acabou vindo para Pernambuco.

A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com um dos representantes do novo es taleiro para saber quando, efetivamente, deve ser iniciada a construção do empreendimento. Mas não deve demorar. A expectativa dos empreendedores era iniciar as obras ainda em fevereiro, entretanto a CPRH tinha até 90 dias para analisar o pedido da LI, prazo que só expiraria no dia próximo dia 7.

Segundo um documento elaborado pela Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores, complementar ao Relatório de Impacto Ambiental (Rima), o Promar vai ocupar 97,40 hectares na Ilha de Tatuoca, numa área vizinha à do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), já em operação em Suape. Dezessete hectares terão que ser dragados para conformação do canal de navegação, obra sob a responsabilidade da empresa Suape. Os recursos - R$ 108 milhões - já estariam assegurados junto à Secretaria Nacional dos Portos e vão atender também à necessidade de ampliação do EAS.

Ainda de acordo com o documento, o Promar terá capacidade para processar 30 mil toneladas anuais de aço, ocupando inicialmente 45 dos seus 97,40 hectares. Para se ter uma ideia, a capacidade de processamento de aço do EAS é de 160 mil toneladas de aço/ano. Está prevista a geração de mil empregos diretos na construção civil e montagem dos equipamentos e as primeiras chapas de aço devem começar a ser cortadas ainda este ano.

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