Desafios de Fortaleza segundo Acrisio Sena

A Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção comemora 285 anos amanhã, 13 de abril. A data foi lembrada hoje, 12, pelo presidente da Câmara, vereador Acrísio Sena (PT), com uma reflexão sobre os desafios da cidade em seus próximos aniversários.

Tais desafios, conforme ele, desenham-se nas últimas cinco décadas, e têm como uma das causas o aumento da população. Conforme ele, em 1950, Fortaleza contava com 270 mil habitantes. Trinta anos mais tarde, havia 1,3 milhões. Em 2009, chegamos a 2,5 milhões de fortalezenses – naturais ou de coração. Com esta marca, somos a quarta capital do País e uma das mais densas – com mais de sete mil habitantes por quilômetro quadrado.

O aumento do número de habitantes tem muito a ver, conforme o presidente, com aqueles cearenses que migraram de suas cidades-natal para a capital em busca de melhores condições de vida – muitos deles, de acordo com Acrísio, em fuga pela estiagem e pela falta de políticas públicas de desenvolvimento socioeconômico nos municípios do interior.

A capital alencarina, mesmo com todas as dificuldades inerentes a uma metrópole, assiste importantes avanços. Acrísio apontou como um deles a redução do número das áreas de risco – que saiu de 105 para 94. O presidente do Legislativo conclamou o Governo do Estado a dar sua contrapartida nesse processo de avanço. De acordo com ele, 90% do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecopi) são gerados em Fortaleza. Dessa forma, para Acrísio, seria justo que mais recursos do fundo fossem investidos no combate à pobreza em Fortaleza.

Aos 285 anos, Fortaleza demonstra necessitar uma reforma urbana, aponta o presidente. É preciso, segundo ele, dar mais atenção à mobilidade, com investimentos em um modelo que privilegie o transporte urbano e o desenvolvimento de outros modais. Nesse sentido, Acrísio destacou a necessidade de a capital contar com uma secretaria de transporte e mobilidade.

A abordagem de Acrísio também incluiu a reflexão sobre as 14 cidades que compõem a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Fortemente influenciadas pela capital, os municípios da RMF formam, com Fortaleza, uma frota de mais de 700 mil veículos.

Para Acrísio, são esses debates que a Câmara precisa realizar a fim de gerar as mudanças que a população anseia e as comissões técnicas, assegurou, estão “antenadas” com os assuntos. Ele ressaltou as parcerias firmadas com entidades profissionais e universidades, a formação do Fórum de Câmaras Municipais da Região Metropolitana e a realização do Câmara nos Bairros como mecanismos que visam à discussão dos grandes temas da capital e RMF.

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