Coluna do blog

Pisando nos ovos
Agarro-me à análise do Carlos Chagas, para, da beirada do caminho, debaixo de um pé de juá, lambendo uma rapadura e bebendo água fresca de cabaça, temer por Lulalá dentro do partido dele e, de resto, na periferia do poder. Diz o Chagas, que arrisca-se o ex-presidente Lula a duas derrotas, se levar adiante sua disposição de coordenar a reforma política no PT e adjacências: a votação em listas partidárias para deputado e o financiamento público das campanhas estão na alça de mira da maioria parlamentar. As cúpulas partidárias defenderem as listas, ou seja, o voto na legenda, quer dizer, a proibição de o eleitor votar no candidato de sua preferência. Trata-se de malandragem pura, porque serão as cúpulas a compor as listas, certamente colocando-se nos primeiros lugares e garantindo a eleição. Mas os grotões, como ficam? São maioria, mas precisarão mendigar a inclusão nas listas em posições capazes de garantir-lhes a vitória eleitoral. Nem todos conseguirão, ou melhor, a maior parte ficará prisioneira dos barões controladores dos partidos. Melhor, assim, rejeitar de vez a mudança. Mesmo no PT há resistência, imagine-se em partidos menos dóceis diante de suas lideranças, como o PMDB, o PSDB e o DEM. Quanto ao financiamento público das campanhas, quatro obstáculos: os candidatos com mais recursos ou menos escrúpulos não deixarão de gastar dinheiro estão considerados irregular, mas de difícil fiscalização; o financiamento será entregue às cúpulas partidárias, que distribuirão os milhões saídos dos cofres públicos conforme seus próprios critérios; nesses tempos de contenção e cortes orçamentários, o governo não vê com bons olhos destinar grandes quantias para financiar campanhas políticas; finalmente, a opinião pública não consegue entender como falta dinheiro para escolas, hospitais e estradas, mas sobrará para a eleição de uma classe não propriamente benquista nas ruas. Bem que o Lula conseguirá virar algumas tendências, se mergulhar de cabeça na defesa dessas reformas, mas fica evidente que correrá riscos. Dificilmente perderá popularidade no caso da derrota das duas propostas, mas pelo seu comportamento de jamais ficar contra o sentimento majoritário nacional, pode ser que um dia desses desembarque de sua decisão de coordenar a Reforma Política.

Na cúpula da Iveco
Os irmãos (dois primeiros à esquerda) Correia - Mudanças Confiança – foram renovar a frota entre os 500 convidados da Iveco para três dias de lançamentos de veículos em Comandatuba, uma praia de tietagem na Bahia. O alto comando da Iveco, ao final do encontro botou no mercado, como segredou Luís Carlos Correia, 245 novos carangos totalmente computadorizados.

• Vai faltar - Para Fernando Hugo, médico e deputado estadual, ex-professor de cursinho, já já vai faltar professor de Química, Física, Biologia e Matemática. Ninguém se forma mais aí, afirma.

• Aliás... O mesmo Fernando Hugo aposta que vai faltar médico no SUS e no serviço público. Os salários não irreconhecíveis.

• Exemplo - O deputado adianta que no Hospital Regional de Juazeiro do Norte, recém-inaugurado, não apareceu sequer um médico cardiologista, ortopedista e anestesista. Ele avisou faz um tempão.

• Reunidos - Os partidos nanicos em ação do Ceará continuam fazendo reuniões em almoços estratégicos. O último foi na Quarta-feira Santa e o maior deles foi a tucanagem.

• Por sinal... Os tucanos estão dando corda para que todos eles apresentem candidatos e disputem a Prefeitura de Fortaleza. Falam em democracia e etc. e coisa e tal.

Meio ambiente
A ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, chega esta manhã a Fortaleza. Participa de almoço com o governador em exercício Domingos Filho e a bancada federal do Estado, em Palácio.

• Coletiva - Às quatro horas da tarde, no Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa, a Ministra dará entrevista coletiva para a imprensa cearense.

• Olho na Maraponga - A Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara Municipal de Fortaleza, presidida pelo vereador João Alfredo (PSOL),visitou a Lagoa da Maraponga para averiguar a situação do local.

• Geógrafos enredaram - A Frente foi acionada pela Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), que relatou o aterramento e construções às margens da lagoa.

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