BNB - Cearenses mantêm cautela sobre indicação

Faz uma semana que os nordestinos tiveram conhecimento que o Ministério da Fazenda tinha a intenção de anunciar um novo nome para ocupar o comando do Banco do Nordeste - que nos Anos Lula ocupou um posto bem além do que vinha desenvolvendo nas últimas décadas. A informação vazada pelo Ministério da Fazenda chamou atenção, pois o nome cogitado (Miguel Cícero Terra Lima) não tinha nenhuma tradição na área de desenvolvimento regional, além de ter feito carreira no Banco do Brasil na área de seguros - conhecido pelo conservadorismo e ortodoxia.

Política Real questionou os deputados nordestinos - todos os 151 de todos os estados do Nordeste. Para o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), o indicado para o BNB tem que ter perfil: “Como a presidente Dilma tem sido mais executiva do que política, acredito que para todos os cargos distribuídos com os diferentes partidos ela irá exigir pessoas que tenham currículo e perfil”.

A deputada Gorete Pereira (PR-CE) não viu nada demais na possível mudança de comando no BNB. “Considero aceitável por se tratar de cargos políticos. É claro que esses órgãos possuem em seus quadros profissionais de alto gabarito que se empenham pela gestão”.

“PROBLEMA ANTIGO”
Outros congressistas da região preferiram não falar publicamente. Um senador baiano que não quis se identificar para os leitores disse ao site Política Real: “Esse é um problema antigo. Têm grupos no PT que queriam mudanças, mas eu, sinceramente, ainda acho que fica o Roberto Smith”.

Nome importante do PT na Câmara Federal e que vem tratando com a Casa Civil, não com a Fazenda, falou, também, sob anonimato: “Vamos aguardar, esse tema ainda está muito enrolado”. O que se observou pelo silêncio do plenário, tanto da Câmara como do Senado - nem pela defesa de quem está no posto de comando do BNB ou em repúdio ao nome que surgiu - é que a base não quer se expor frente a um governo que está começando com alta popularidade.

A definição sobre os cargos federais nos Estados e no comando federal das instituições federais deverá ter novos capítulos. Tudo indica que só no início de maio teremos mais definições. Na semana passada, o Diário Oficial da União publicou duas nomeações no Ministério da Integração: uma para a procuradoria geral do Dnocs (Ingrid Pequeno Sá Girão) e outra para a diretoria de minimização de desastres da Secretaria de Defesa Civil (Raphael Schaeck). (informações do site Política Real)

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