Aérea envolvida em escândalo é proibida de tirar aviões do país

Protagonista da crise nos Correios envolvendo filhos da ex-ministra Erenice Guerra em lobby, a MTA (Master Top Linhas Aéreas) foi proibida na semana passada pela Justiça do Trabalho em Campinas de retirar dois aviões do país.

Desde a crise, a empresa teve contratos com os Correios cancelados e passa por problemas financeiros.

Na semana passada, cerca de 40 funcionários foram demitidos. A decisão da Justiça, tomada em caráter liminar (provisório), obriga a MTA a manter as aeronaves no país para não se desfazer do patrimônio e ter como pagar indenizações trabalhistas.

O advogado da empresa contesta a decisão e diz que vai recorrer. "A decisão é anacrônica. Os aviões são alugados e até agora não houve nenhuma condenação trabalhista que nos obrigue a desfazer de patrimônio para pagar", disse o advogado Marcos Pagliaro.

A Folha não conseguiu falar com o advogado que moveu a ação em nome dos trabalhadores demitidos, Hamilton Rovani Neves.

A MTA é uma das protagonistas do escândalo que derrubou a então ministra Erenice Guerra da Casa Civil.

A empresa de lobby operada pelo filho dela, Israel Guerra, conseguiu liberar em tempo recorde na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a renovação da concessão da empresa aérea por dez anos. O prazo anterior era de cinco.

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