Segundo Patrícia, "licitação prova que Fortaleza esteve parada"

Ex-candidata do PDT à Prefeitura de Fortaleza e talvez futura, a deputada Patrícia Saboya declarou, ontem, que a licitação de R$ 99,2 milhões suspensa pela administração de Luizianne Lins (PT) “prova que Fortaleza esteve parada por todo esse tempo”.

Visando à contratação de uma empresa para serviços de limpeza e manutenção na Capital, a licitação foi suspensa após um auditor do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) ter apresentado parecer contrário à sua realização, alegando possíveis irregularidades no seu conteúdo, como sobrepreço no valor das obras se comparado às promovidas pelo Governo do Estado.

Segundo o Procurador Geral do Município, Martônio Mont’Alverne, a Prefeitura só retomará o processo após receber um parecer definitivo do colegiado do Tribunal de Contas. “Consideramos que tudo esteja dentro da legalidade, mas vamos submeter as nossas razões e aguardar uma decisão final com toda naturalidade”, informou Martônio Mont’Alverne.

Patrícia diz ter acompanhado “com muita apreensão” o caso e fez coro aos colegas de Assembleia que dia sim, dia não batem na gestão de Luizianne. “Todos nós devemos reconhecer que a cidade está numa situação de caos, suja, esburacada, e infelizmente não conta com a presença do poder público”.

ÉTICA E DECÊNCIA
Antônio Carlos (PT), líder do governo na Assembleia, indicado para esta função por Luizianne, defendeu “a conduta ética e decente com o dinheiro público” da prefeita, enaltecendo o trabalho da correligionária na recuperação da malha viária da cidade. O petista respondeu também a críticas proferidas no dia anterior por Ely Aguiar (PSDC), segundo quem Fortaleza está “à deriva em termos de administração” porque Luizianne, em vez de buscar recursos para a cidade, vai a Brasília para interceder pela liberdade de Cesare Battisti. “A prefeita está seguindo uma resolução do Partido dos Trabalhadores [ao defender o italiano]”, informou Carlos.

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