Chávez sugere ajuda de Jimmy Carter para resolver crise na Líbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu nesta sexta-feira (04/03) que os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) realizem todos os contatos possíveis para tirar do papel a proposta de uma comissão internacional de mediação na Líbia.

O mandatário venezuelano indicou que o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter poderia ajudar nesta iniciativa. "Carter poderia ajudar. Acho que é um homem de boa vontade, como manifestou Fidel (Castro) várias vezes. A mim me consta sua boa vontade pelo que fez aqui na Venezuela", disse o líder venezuelano, ao lembrar as gestões do ex-presidente americano em 2002 durante a crise na Venezuela.

O líder venezuelano anunciou esta ideia durante uma reunião do conselho político da Alba, realizada em Caracas e que teve a participação de Equador, Cuba, Bolívia e Nicarágua.

Chávez enviou uma saudação "ao bom amigo que é o senhor Jimmy Carter" e solicitou que seu chanceler, Nicolás Maduro, contatasse Jennifer McCoy, colaboradora do Centro Carter.

"Vamos fazer contato com muita gente no mundo todo. Não podemos ficar com os braços cruzados", disse Chávez.

Segundo o líder venezuelano, também poderiam ser convocados os intelectuais "e os prêmios Nobel", mas esclareceu que o presidente americano, Barack Obama, apesar de ter recebido a láurea, não estaria convidado. "Obama não, porque está inabilitado. É um prêmio Nobel que ameaça invadir. Prêmio Nobel da guerra é o que vamos dar a Obama", apontou.

Chávez também disse que se reunirá com o ator americano Sean Penn, que se encontra na Venezuela "preocupado com todas estas coisas", lembrando ainda o nome do ator americano Danny Glover para falar sobre o assunto.

O presidente venezuelano defendeu a necessidade de formar uma comissão que vá à Líbia, "porque quando a Venezuela esteve à beira de uma guerra civil, instigada pelo império ianque e seus aliados na Europa e na América Latina", ele aceitou uma comissão de países amigos proposta pelo ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Propôs, além disso, redigir um documento no qual sejam recolhidas assinaturas de todos os que estão a favor de uma saída pacífica na Líbia.

Chávez voltou a criticar as intenções de invasão que, segundo ele, têm os Estados Unidos na Líbia, assegurando que o país "tem o desespero de um vampiro que não sugou e vê que o sol está saindo".

O presidente venezuelano aproveitou para questionar o paradeiro dos US$ 200 bilhões que, afirmou, tem a Líbia em reservas, indicando que os países europeus teriam interesse nesse fundo em período em que o velho continente vive profunda crise econômica.

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