O procurador da República no Ceará, Alessander Sales, irá proceder à investigação da denúncia publicada na revista Veja desta semana, segundo quem Luiza Lins, mãe da prefeita Luizianne (PT), teria usado um “laranja” para construir ilegalmente uma casa em área de preservação ambiental no Distrito de Batoque, município de Pindoretama, a cerca de 55 quilômetros de Fortaleza.
Segundo Sales, o Ministério Público irá, primeiramente, identificar os proprietários das residências construídas dentro da reserva ambiental, em desacordo com a lei. Somente nativos da região podem fixar moradia ali. Em seguida, “tendo em vista estas recentes denúncias, o Ministério Público também investigará se existem nativos que estão emprestando seus nomes para outras pessoas, servindo como ‘laranja’ para ocupações indevidas dentro da reserva”.
Constatadas as irregularidades, o MP pedirá a demolição das casas e a interrupção de “qualquer tipo de comercialização dentro dessa área, tendo em vista que somente os imóveis de nativos da região devem permanecer na área da reserva extrativista”, explica Sales. “As pessoas que não forem nativas serão retiradas da reserva, sem nenhuma diferenciação”.
“A CASA DE MAINHA”
A denúncia contra Luiza Lins foi noticiada na coluna Holofote da revista Veja, assinada pelo jornalista Felipe Patury, que diz o seguinte: “A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, do PT, enfrenta um grande constrangimento. O promotor de Justiça Sebastião Moreira acusa a mãe dela, Luiza Lins, de usar uma “testa de ferro” para construir uma casa de praia no meio de uma reserva ambiental, o que é crime. O promotor relata o delito em ofício que enviou à Polícia Federal, no qual pede a abertura de inquérito para apurar o caso. Moreira diz que foi ao local da obra. Lá, encontrou uma placa que informa que o Governo Federal autorizou Maria Auxiliadora Quevedo, a “testa de ferro” em questão, a construir a casa. Depois descobriu que o imóvel pertence à mãe da prefeita, suplente de deputada no Ceará. A mãe de Luizianne Lins reconhece a irregularidade, mas nega ter usado um ‘laranja’” na operação.
Uso da Guarda Municipal em pauta
O vereador Plácido Filho (PDT) depôs ontem como parte da investigação movida pelo Ministério Público Estadual do uso de guardas-municipais na segurança de Luiza Lins.
Segundo Plácido, que denunciou o caso no plenário da Câmara Municipal no fim do ano passado, pelo menos 12 homens se revezariam na segurança da casa da mãe da prefeita. O promotor Ricardo Rocha, que abriu o procedimento da investigação, afirma que o desvio de finalidade da Guarda Municipal, se confirmado, configura improbidade administrativa.
Em resposta às acusações de Plácido e outros vereadores, o diretor da Guarda Municipal, Arimá Rocha, alega que a proteção à prefeita Luizianne Lins “pode ir além da pessoa da prefeita e dos ambientes institucionais, transferindo-se para ambientes que requerem proteção de acordo com laudo técnico”.
Penso eu - Ce já ouviu a mãezinha da Prefeita cantando? Canta bem.Numa seresta, então...
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