Cabral apadrinha Fortes para nova pasta da Aviação


Fábio Pozzebom/ABr

Conforme prometera, Dilma Rousseff criou, por medida provisória, a Secretaria de Aviação Civil.

Vinculado à Presidência da República, o novo órgão absorverá a estrutura que cuida da aviação civil, hoje subordinada ao Ministério da Defesa.

Vão ao organograma da secretaria a Infraero, estatal que gere os aeroportos, e a Anac, agência reguladora do setor.

O futuro titular terá status de ministro. Em conversa com Dilma, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) indicou um nome.

Cabral sugeriu que seja acomodado na cadeira Márcio Fortes (PP), ex-ministro das Cidades de Lula.

As chances Fortes aumentaram depois que o preferido do Planalto, o executivo Rossano Maranhão, alegou dificuldades para assumir a secretaria.

Rossano é, hoje, presidente do Banco Safra. Lula já havia tentado trazê-lo para o governo. Sob Dilma, o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) sugeriu à presidente que fizesse nova investida.

Sondado por Dilma há três meses, Rossano pediu tempo. Há coisa de duas semanas, alegou que teria dificuldades para se desligar do Safra.

Foi à mesa o nome de outro executivo. Chama-se Luiz Eduardo Falco. Atualmente, preside a telefônica Oi (antiga Telemar).

Luiz Falco tem, porém, larga familiaridade com a aviação. Trabalhou na TAM por cerca de duas décadas, até 2001.

É nesse contexto que Cabral ressuscitou o nome de Márcio Fortes. Na fase de composição do governo, Dilma tentara mantê-lo na pasta das Cidades.

Porém, o PP apresentou outro nome para o ministério. E Dilma terminou trocando Fortes pelo deputado Mário Negromonte (PP-BA).

Palocci torce o nariz para a acomodação do ex-ministro na secretaria de Aviação. Acha que uma pessoa egressa da iniciativa privada seria mais talhada para a missão.

A principal tarefa do novo órgão será formular a modelo de parceria do Estado com investidores privados na reforma, construção e gestão de aeroportos.

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