Vereadores discutem reajuste da tarifa do transporte coletivo

O anúncio do aumento no valor da passagem do transporte coletivo urbano de R$ 1,80 para R$ 2,00 não soou bem para a bancada de oposição, na Câmara Municipal de Fortaleza.

Para o líder da oposição, Plácido Filho (PDT), o reajuste é uma “afronta” ao poder aquisitivo da população, que sequer é compensada com o “mínimo conforto e respeito”. “Ônibus superlotados, atrasados, terminais sem estrutura e sem segurança. O cidadão sai de casa e não sabe precisar a chegada ao destino”, citou.

Ele afirmou ainda que a “quebra de braço” entre setor empresarial e Prefeitura Municipal, mais uma vez, penalizou o lado fraco – a população. E como 2009, quando foi anunciado a aumento de 12,5%, a prefeita Luizianne Lins (PT) omitiu, novamente, a gradativa despolitização da tarifa social.

Marcelo Mendes, porém, afirmou que a tarifa é “discutível e questionável”, pois traz mais prejuízo do que avanço. Isso porque existe uma “caixa de compensação”, o que não é um bom sinal.

Pressão
A vereadora Toinha Rocha (PSOL) lamentou o reajuste. Além disso, criticou a postura do líder da Prefeitura na Casa, Ronivaldo Maia (PT). Toinha lembrou que, na semana passada, Ronivaldo havia dito que a prefeita não se curvaria à pressão do setor empresarial. Portanto, não concederia o reajuste. Para ela, a tarifa social deveria ser aplicada nos horários de “pico”, porque se não vira “balela e enganação”.

Ronivaldo, em defesa, afirmou que, apesar do aumento, Fortaleza continua com a passagem mais barata em sistema integrado de transporte urbano do Brasil. Logo, motivo de orgulho, e fruto de muito trabalho. Ele destacou ainda que a frota de ônibus é uma das mais novas do país, com aproximadamente quatro anos de uso.
Já Guilherme Sampaio (PT) frisou que a Prefeitura adota uma política que prioriza a inclusão. Somente, nos finais de semana, o número de usuário do transporte coletivo dobrou, após a aplicação da tarifa social.

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