Opinião

CÉSAR ASFOR ROCHA
Emerson Monteiro
Desde sua origem, a instituição da justiça guarda parentesco estreito com a religiosidade humana. Já nos seus primeiros passos, Hamurabi, Talião, Moisés e outros, que a busca dos valores ideais de julgar caminharam junto do sonho da perfeição no balizamento dos princípios universais do mais justo. Há descaminhos, mas aquelas ocorrências apenas abandonaram, por fases estreitas de excepcionalidade, os parâmetros da equidade e feriram o crivo da perfeita inspiração, elementos maiores da justiça.
Diante de tais considerações, são felizes as sociedades que merecem a realização dos princípios da verdadeira justiça e possuem contingentes que concretizem esse objetivo que anda de acordo com o nível das criaturas que compõem os quadros jurídicos das épocas.
Turnos esclarecidos da história apresentam personalidades para os conduzir naqueles que ocupam o lugar da autoridade, condutores do rebanho social, dotados de boa orientação, luminares do firmamento coletivo.
Há poucos dias, em 27 de agosto de 2010, a Câmara Municipal de Juazeiro do Norte entregou o título de cidadão juazeirense ao ministro César Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça. Em festa das mais concorridas, referendou-se a outorga legislativa para homenagear um operário da justiça reconhecido pelos méritos de sua pessoa.
Asfor Rocha chegou à magistratura federal numa evolução natural do que vem demonstrando daquilo que contém a sua qualidade individual de estudioso do direito, advogado exemplar e mestre dos seus pares. Ascendeu a uma das principais cortes da Nação em tempo relativamente curto, dado o exercício coerente das funções que desempenha e o conteúdo que oferece naquilo que lhe contém a personalidade.
A isso, os juazeirenses somaram sua ligação com as famílias do lugar, casado que é com a Dra. Magda Bezerra Rocha, filha de Alacoque Bezerra, dos Bezerra de Menezes no ramo caririense.
Os juízes significam o nível superior da justiça dos países, representam instância aonde o cidadão deposita a estabilidade cotidiana dos seus valores em movimento, cientes de haver, no plano das circunstâncias em volta, pouso garantido aos anseios da paz civil. Por isso, nas mãos de pessoas preparadas, sábias e independentes deposita o patrimônio da boa ordem pública isenta de favoritismo.
Por tais razões, a escolha do ministro César Asfor Rocha para a homenagem dos caririenses de Juazeiro configura momento representativo de agraciar também a justiça como um todo, em fase promissora do Judiciário brasileiro, de ações identificadas com os novos tempos e a evolução de nosso Povo.

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