O peso da ajuda do Morgadon

Suplicy evita críticas diretas a Tasso
Senador veio a Fortaleza reforçar apoio às candidaturas governistas
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Embora pertença à base governista, o senador Eduardo Suplicy (PT), durante seu atual mandato no Senado, tem assumido posições críticas ao governo Lula. Suplicy esteve ontem em Fortaleza para cumprir agenda ao lado do candidato do PT ao Senado, José Pimentel. Ele era esperado no ato da juventude pró-Pimentel, no final da tarde, mas outro compromisso o impediu de participar desta ação política.

À noite, ele e Pimentel concederam entrevista no comitê dilmista no Ceará. Instigado, Suplicy explicou porque muitas vezes tece críticas a algumas questões políticas do atual governo. “Entrei no PT para ajudar a estabelecer instrumentos de políticas públicas, econômicas e sociais que possam aprofundar a criação de uma sociedade justa, civilizada e igualitária. Sempre tive muita preocupação com as questões éticas, diversas vezes dialoguei com o presidente Lula e ele me dizia para agir de acordo com meu entendimento”, esclareceu o petista.

Segundo ele, este posicionamento já lhe causou alguns momentos de tensão dentro do partido. Um deles foi em 2005, quando à época da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. De acordo com ele, sempre procurou defender as coisas que são mais importantes para o partido, desde a fundação do PT.

“Amigos de longa data”
Questionando sobre a disputa local ao Senado, Suplicy deixou escapar sua relação com o senador Tasso Jereissati (PSDB), candidato à reeleição. Conforme o petista, Tasso foi seu aluno de faculdade. “Você sabe que tenho uma convivência de mais tempo com ele [Tasso], porque fui professor de economia de empresa, administração pública e de economia e acontece que Tasso foi meu aluno de economia na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo”, confessou o senador.

Fazendo jus à relação cordial com Tasso, Suplicy evitou criticá-lo. Questionado sobre a decisão da cúpula de eleger os dois candidatos da base, evitando a reeleição do tucano, Suplicy ressaltou a militância de Pimentel, como deputado federal, além de sua passagem a frente do Ministério da Previdência Social.
Segundo ele, Pimentel teve uma “boa inserção” junto aos movimentos sociais, principalmente equilibrando as conversas com as entidades, dizendo o que era ou não possível devido às limitações do Orçamento Federal.

Em defesa do voto casado, – dobradinha Pimentel/Eunício –, para derrotar o candidato tucano, Suplicy afirmou que “quem decidi isso é o povo do Ceará”. Segundo ele, Tasso é uma pessoa de valor, já foi senador e governador. No entanto, seu objetivo no Ceará é apoiar os candidatos da base de sustentação, aqueles que, segundo ele, apóiam a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.

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