Déficit da Previdência Social dobra em agosto


Aumento no período atingiu 111%, acumulando R$ 5,4 bilhões no vermelho

O deficit da Previdência Social aumentou 111,2% em agosto comparado a julho, acumulando R$ 5,4 bilhões no vermelho, segundo os dados divulgados pelo ministério ontem. No acumulado do ano, o rombo é de R$ 30,7 bilhões, valor 1,3% inferior ao mesmo período do ano passado.

Para a pasta, o reajuste de 7,72% para as aposentadorias maiores que um salário mínimo e a antecipação do 13o salário para aposentados e pensionistas explicam a alta na dívida. Descontando-se os R$ 1,85 bilhões empregados nessas despesas, o deficit fica em R$ 3,56 bilhões, ainda superior aos R$ 2,56 bilhões de julho. Todos os valores foram ajustados pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

O ministro Carlos Eduardo Gabas disse que a estimativa de deficit para 2010 poderia ser reduzida de R$ 47 bilhões a um valor entre R$ 46 bilhões e R$ 45 bilhões, mas a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) exige o reajuste de benefícios pelo teto a cerca de 154 mil pessoas, o que demandará R$ 1,5 bilhão da pasta e deverá manter as contas como estão.

O titular da pasta disse que a quantia deve ser desembolsada ainda neste ano. “A ideia é que não fique nada pendente para o próximo governo”, afirmou.

PREVIDÊNCIA PRIVADA
Apenas 4% das famílias investem em previdência privada no país, segundo estudo realizado pela Kantar Wordpanel, a pedido da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que reúne 65 sociedades seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar.

O levantamento foi extraído de uma base de 8,2 mil domicílios, amostra que representa 81% da população domiciliar brasileira e 91% do potencial de consumo residencial no Brasil. Entre janeiro e julho deste ano, o mercado de previdência privada arrecadou R$ 23,1 bilhões, 16,46% acima do resultado no mesmo período de 2009.

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