Ceará ganha Rede de Inovação Tecnológica


Vladimir Spinelli

Por Sara Oliveira
(saraoliveira@oestadoce.com.br)
Conhecimento teórico valorizado e transferência de inovação tecnológica para o mercado, no sentido de saciar demandas sociais. Ultrapassando as barreiras tradicionais que impõem aos pesquisadores científicos um isolamento do mundo dos negócios, a Rede de Núcleos de Inovação do Ceará (Redenit-CE) reuniu dez Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) para articular o mercado e a sociedade, solucionando problemas através de estratégias de difusão do conhecimento. A solenidade de adesão aconteceu na tarde de ontem na Universidade Estadual do Ceará (Uece), entidade responsável pela coordenação da rede. Cerca de 40 criações potenciais serão identificadas para proteção.
“A rede facilitará o trabalho entre os 16 Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), levando tecnologia ao mercado. A intenção é somar esforços para fortalecer os núcleos e incentivar a criação. Tal atitude multiplica oportunidades de mais experimentos científicos a baixo custo”, explicou o coordenador da Redenit, Vladimir Spinelli Chagas. O professor ressaltou a importância da visão mercadológica das empresas junto às pesquisas e da proteção ao conhecimento e trabalho dos pesquisadores. “Além do incentivo, a certeza do cumprimento da propriedade intelectual é fundamental, assim, a instituição está embasada dos resultados de cada criação”, disse.
A duração de uma patente é de aproximadamente 20 anos. Para as negociações do processo para patenteação das criações devem ser levadas em consideração todas as minúcias do processo, como o número de instituições e pesquisadores envolvidos e o volume financeiro a ser requerido. “Nesse contexto, as parcerias devem evidenciar também a visão de risco e viabilidades do investimento. Outro fator relevante é que cada negociação é individual, ou seja, há particularidades em cada criação”, destacou.

ÁGUA DE COCO EM PÓ
A captação de projetos decorre das áreas de biotecnologia, física, registro de software, indicação geográfica, proteção de mapa e agronegócio. Exemplo dessa iniciação da relação entre capacidade tecnologia e potenciais demandas da sociedade, o projeto de tecnologia de água de coco em pó. “Primeiramente, é feito o encaminhamento do processo de patente do projeto e depois, para os produtos derivados, existem novas patentes. São outras pesquisas e utilidades”, explicou o coordenador da Redenit.

VALORIZAÇÃO
A coordenadora do NIT da Uece, Aloma Pessoa, deu ênfase à valorização do profissional e da pesquisa, ressaltando a propriedade intelectual. “É preciso considerar o tempo de pesquisa e os esforços do profissional, isso tudo estará dentro da valorização. Porém, além de proteger, é preciso que a sociedade tenha acesso às criações”, avaliou. De acordo com Aloma, algumas pesquisas não são efetivadas no mercado e o destino dos estudos será a produção de artigos científicos.

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