Lúcio Alcântara: "Povo cearense, levai-me convosco"



A convenção do Partido Republicano (PR) homologou na tarde de ontem, entre correligionários e simpatizantes, no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, a candidatura do ex-governador Lúcio Alcântara ao governo do Estado. Também estavam presentes ao evento as principais cabeças dos partidos que apoiam a candidatura de Lúcio, como o vice da chapa, o empresário Cláudio Vale; o candidato a senador pelo PPS, Alexandre Pereira; o prefeito de Maracanaú e coordenador da campanha, Roberto Pessoa, dentre outros parlamentares.
Antes de subir ao palanque, para o qual era aguardado com grande expectativa pelos presentes, Lúcio concedeu uma entrevista coletiva na qual fez duras críticas ao governador Cid Gomes (PSB), ressaltando, contudo, que sua candidatura “não é de revanche”. “Não temos oposição contra pessoas especificas, mas temos sim divergências quanto à forma de administrar”. Lúcio foi derrotado por Cid Gomes na eleição passada.

Todavia, a mais crítica dura do candidato veio com relação ao que ele chamou de “paternidade das obras que estão aí”, referindo-se aos empreendimentos realizados pela atual administração estadual. “O atual governo está apenas dando continuidade às obras que eu iniciei em meu governo a duras penas”. Segundo ele, “trata-se de mesquinharia do atual governo tentar renegar ou esconder a paternidade dessas obras”. Como exemplo, citou o Trem do Cariri, a reforma do Hospital Geral de Fortaleza e trechos concluídos do Eixão de Águas. Foi ainda mais crítico quanto comparou as práticas adotadas pelo atual governo com as executadas pelo regime totalitarista da União Soviética (1917-1991), quando disse que “o atual governo cearense tem a mania de mudar os nomes e origens das obras, como se quisessem apagar da história os realizadores”.

Passado
Já quanto à campanha passada, quando Cid o derrotou para governo do Estado, Lúcio ironizou: “Naquela época, ele prometia tanta coisa bonita que até eu fiquei tentado a votar nele”. Em meio aos risos provocados pela declaração, Lúcio arrebatou: “Mas era tudo mentira, falácia”.

Quanto à razão pela qual decidiu entrar na disputa eleitoral, declamou: “Eu não me lancei candidato a governador, o povo do Ceará foi quem me lançou”. Referindo-se à chapa construída em torno do nome de Cid, o ex-governador foi enfático: “Tem que dar uma opção ao povo. Temos que fazer acontecer a democracia”.
Por fim, já no palanque montando no ginásio, Lúcio comparou-se a Getúlio Vargas, e convocou: “Povo cearense, levai-me convosco!”, fazendo uma alusão à atitude de Vargas quando, pressionado pelo partido e amigos a lançar-se candidato, respondeu que atenderia à convocação deixando-se levar pela vontade do povo.

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