Acidentes de trabalho crescem 68% no Ceará

Entre 2006 e 2008, o número de ocorrências subiu de 5.965 para 10.025
Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, entre 2006 e 2008, o número de acidentes de trabalho no Ceará cresceu 68%, passando de 5.965 para 10.025. O percentual é maior que o registrado no País durante o mesmo período: 45,9%. “Mais do que meras estatísticas, são milhares de cidadãos vitimados pelo descumprimento das normas de saúde e segurança no trabalho num contexto econômico em que ainda prepondera a preocupação das empresas com a obtenção de maiores patamares de lucro, em detrimento do bem maior que é o bem-estar dos seus trabalhadores”, afirma o procurador do Trabalho, Carlos Leonardo Holanda Silva, titular no Ministério Público do Trabalho (MPT) no Ceará da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (Codemat).

Por ocasião do Dia Mundial de Saúde e Segurança no Trabalho, comemorado hoje (28), o MPT divulgará em todo o País os números de denúncias, ações judiciais e empresas acusadas de descumprir normas de saúde e segurança no trabalho, bem como a quantidade de Termos de Ajustamento de Conduta firmados entre o ano de 2009 até abril de 2010. De acordo com o procurador, os acidentes de trabalho e as doenças relacionadas ao trabalho provocam impactos sociais, econômicos e na saúde pública. “Além dos milhares de casos que resultam em morte de trabalhadores, outros milhares são afastados anualmente de suas atividades, temporária ou definitivamente, provocando gastos bilionários no pagamento de benefícios previdenciários”, ressalta Carlos Leonardo.

UMA MORTE A CADA TRÊS HORAS
A cada três horas, uma pessoa morre por acidente de trabalho no Brasil. Em 2008, foram 2.757 vítimas fatais no País (pouco menos que os 2.845 óbitos registrados em 2007 e os 2.798 verificados em 2006). Em todo o mundo, dados compilados pela OMS indicam que 2 milhões de trabalhadores morrem anualmente em razão de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, o que equivale a 5,5 mil mortes diárias (três a cada minuto em todo o planeta). Os setores de construção civil, indústria e transportes (envolvendo motoristas e motociclistas) despontam como os que registram maiores índices de acidentes de trabalho nos últimos anos em todo o País.

Com relação às doenças relacionadas ao trabalho, ainda é grande a incidência em agricultores que trabalham com aplicação de agrotóxicos sem a utilização dos equipamentos de proteção individual necessários e exigidos por lei. Outras categorias, como digitadores, bancários e empregados em áreas administrativas, sofrem com frequência de LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e Dort (doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) e são obrigados a se licenciar de suas atividades em razão de fortes dores.

Penso eu - Fazendo uma limonada; se cresceu o numero de acidentes cresceu o numero de empregos. O texto poderia ser de alguem dos Governos se tivesse juizo e competencia pra defender o chefe.

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