PDT-SP espera definição de Ciro para integrar oposição

Caso deputado federal não dispute o governo, partido pode apoiar Alckmin


O PDT de São Paulo espera a definição da candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência da República ou ao governo paulista para decidir se integrará o bloco de oposição ao PSDB em São Paulo. O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente estadual da legenda, diz que não há nada definido.

- Ainda não definimos nada. Estamos à espera do Ciro.


O PDT está pronto a apoiar a candidatura do deputado cearense ao governo paulista. Sem ele, porém, a história pode ser diferente, embora Paulinho diga que o partido não tem restrições a quaisquer nomes do PT.

- Temos boa relação com o [Geraldo] Alckmin.

Ex-governador e atual secretário de Planejamento do governo José Serra (PSDB), Alckmin lidera as pesquisas de intenção de voto em São Paulo, embora ainda não esteja confirmado se ele será o escolhido pelos tucanos para a disputa estadual.

O PDT reforçou o apoio em torno da pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, durante a reunião da Executiva Nacional realizada na terça-feira da semana passada e deve oficializá-lo amanhã, durante almoço de lideranças pedetistas com a ministra em Brasília. Contudo, a mesma aliança pode não ser replicada em São Paulo. No palanque com PT ou PSDB, a moeda de troca dos trabalhistas é a posição de vice-governador.

- Queremos indicar o vice na chapa.

Na reunião com Dilma amanhã, o PDT quer discutir o apoio do PT às candidaturas pedetistas nos Estados, principalmente aquelas que enfrentam problemas de duplo palanque, como no Maranhão. Ali, a legenda pretende lançar o ex-governador Jackson Lago contra a candidatura de Roseana Sarney (PMDB). O mandato de Lago foi cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político nas eleições de 2006. Roseana assumiu em seu lugar e deve concorrer à reeleição.

A disputa no Paraná também estará em pauta. O PDT tem um forte candidato no Estado, o senador Osmar Dias, que estava empatado em primeiro lugar com o prefeito de Curitiba, Beto Richa, na pesquisa Datafolha de dezembro. Historicamente, o PDT paranaense nunca formou aliança com o PT e Osmar pode até renunciar à candidatura em favor do irmão, o senador Alvaro Dias, que disputa com Richa a indicação do PSDB para concorrer ao governo paranaense.

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