Arcebispo de Fortaleza fala sobre a clareza na hora do voto

O arcebispo metropolitano de Fortaleza, José Antônio Tozzi, afirmou que “o voto deve ser livre e sem inclusão de qualquer vantagem” - referindo-se às eleições de três de outubro deste ano para escolha do novo presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.

O religioso não apontou nomes, justificando que a Igreja Católica não permite que seus membros dirigentes façam isso. Mas ele alerta para que o eleitor vote, contudo sem pensar em ganhar benefícios pessoais para esta finalidade, que é a ato de eleger um candidato. Temendo que com isso possa “botar a perder” todas as prerrogativas construídas em prol do geral [comunidade].

“Se nós – refere-se ao eleitorado – soubermos escolher um bom gestor, teremos uma boa administração, mas se formos pensar na vantagem do momento do voto, futuramente iremos nos arrepender”, advertiu. Segundo ele, os escolhidos nas eleições vindouras devem ser aqueles que se dediquem de fato aos problemas da sociedade.

Acrescentou que os candidatos eleitos devem ter honestidade, capacidade e disposição de trabalho para fazer o que é preciso numa administração, quer seja nacional ou estadual. “O eleitor tem que saber escolher seu pretendente. Principalmente buscando sua vida política para saber se não existe registro de corrupção”, observou. Dom Antônio ainda alertou que a eleição deste ano é muito importante, porque nela será escolhido o novo chefe do Palácio do Planalto. Portanto, assegurou que “não falaremos em nomes, mas vamos [Igreja] insistir que o eleitor fuja das ofertas, votando na certeza de que o candidato a ser eleito tenha integridade, idoneidade e vontade para governar”.

Terremoto
Já em relação ao desastre no Haiti, o arcebispo afirmou que o país não está tendo apoio necessário, pois a população está sem moradia, sem comida e sem água - gêneros de primeira necessidade. Ele analisa que é um grande desafio à solidariedade e, por isso, salientou que é preciso a cooperação de todos os brasileiros e as pessoas do mundo em geral para amenizar o sofrimento das vítimas.
Dom Antônio reconheceu a iniciativa do Brasil em ajudar a população haitiana, mas disse que só o esforço do Governo não é suficiente. Todavia solicitou a contribuição de cada brasileiro. O religioso disse que não adianta lamentar o acontecimento, porque foi coisa da natureza. Mas assegura que a importante agora é ajudar.

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