Zelaya e Micheletti fecham acordo em Honduras


Comemoração na Embaixada do Brasil
Congresso decide se presidente deposto voltará ao poder

O governo golpista de Honduras aceitou um acordo que abre as portas para o retorno ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya, quatro meses após ele ter sido expulso do país em um golpe militar. Zelaya permanece abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde que retornou de surpresa a Honduras, em 21 de setembro último.



Na Embaixada brasileira em Tegucigalpa, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya (de chapéu), comemora com simpatizantes o acordo que pode permitir a restituição dele ao poder

Veja esta foto ampliada e outras imagens do dia Hillary elogia acordo em HondurasRoberto Micheletti, que assumiu o controle do país após a deposição de Zelaya, insistia para que o acordo fosse submetido à Suprema Corte - que depôs Zelaya - e não pelo Congresso, como defendia o presidente deposto. Agora, pelo acordo fechado entre ambos, o retorno de Zelaya à Presidência de Honduras será decidido pelo Congresso, como ele queria.

"Esse é um primeiro passo. Meu retorno é iminente, estou otimista", afirmou Zelaya.

Se aprovado pelo Congresso, Zelaya poderia terminar seu mandato presidencial, que acaba em janeiro. Não ficou claro o que aconteceria com o restante do acordo se o Congresso votar contra a restituição de Zelaya.

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Micheletti, que se mostrava irredutível sobre o retorno de Zelaya ao poder, amenizou sua posição após a mediação norte-americana: voltou atrás e aceitou que esta decisão seja tomada pelo Congresso.

O acordo estabelece ainda que ambos os lados reconheçam o resultado das eleições presidenciais previstas para 29 de novembro. O controle do Exército seria confiado ao Tribunal Superior Eleitoral.

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