Opinião


Aqui ele vive nesta paz dos amigos

Ciro Gomes, o ajuizado
Não dá para negar os fatos, não dá para lutar com os fatos, eles são inoxidáveis(?!), como se dizia nos anos 90.
Esses dias foram muito bons para o deputado federal Ciro Gomes.

Logo no início da semana passada teve a efetiva divulgação da pesquisa CNI-Ibope. Ciro Gomes estava à frente da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os números não são grandiosos, mas falaram muito alto. Ele, que vive se escondendo na Câmara Federal, até parece se envergonhar do mandato grandioso que foi dado pelos cearenses - foi visto em várias situações. Antes tinha dado entrevistas seguidas – TV, internet e depois falou no plenário da Câmara sem antes comentar com os jornalistas na definição da estratégia de trabalho na Comissão do Pré-sal que irá se dedicar a substituir o modelo de concessão pelo de partilha. Ciro está vivíssimo. Não estamos aqui para exaltar os números da CNI-Ibope em detrimento do que foi apresentado na investigação da CNT-Sensus na semana anterior.

O momento foi tão marcante que a possibilidade dele trocar o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo não foi cobrado apesar da Política Real ter apurado que ele definiria isso, com o partido, até o dia 20 de setembro. Na segunda-feira passada, enquanto ele começava a faturar o início deste bom momento, os governadores mais influentes do Nordeste, os petistas e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, estavam reunidos num encontro reservado, quase secreto, onde se articulavam para entrar no jumbão de socorro que o Governo Federal dará aos estados, como vem fazendo aos municípios, neste fim de ano. É, eu sei, o amigo leitor deve estar pensando: mas como o governo vai fazer isso se a arrecadação caiu e não existe mecanismos claros para tal? O federalismo capenga deste país, onde a União pega recursos dos estados na maior cara de pau e não dá disputa no Supremo, como seria em qualquer federação que se preza acaba por dar condições para jumbões de socorro. Os governadores envolvidos ficaram surpresos quando a Política Real descobriu a coisa. O governador Eduardo Campos que meio que tutela a vida de Ciro Gomes e em última instância, até a de Cid Gomes, não gostou que a conversa vazasse – é evidente que Eduardo Campos estica e puxa na sua relação com Lula e o Governo Federal nesses dias. Basta ver suas declarações sobre os royalties do Pré-sal.

Genésio Araújo Júnior - Jornalista

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