Tasso prevê retração na economia



Enquanto o presidente Lula se diz otimista com o período de recuperação da crise financeira internacional, Tasso anuncia um futuro turvo para o País. Ainda ontem, durante a palestra do CIC, ele afirmou que, se o Governo Federal não tomar medidas enérgicas agora, o Brasil sofrerá efeitos negativos da recessão. E em breve.
Conforme o senador, o principal entrave está no fato do Executivo gastar demais com pessoal e aplicar menos em setores-chave como educação e infraestrutura. “Confundiram investimento com despesa corrente. Um erro básico. Dentro de um ou dois anos, do jeito que vamos, vai ser praticamente impossível diminuir a carga tributária. Pelo contrário. Vai é aumentar. Enquanto o mundo todo vai produzir, nós já teremos esse limitante. A retomada, me parece, vai ser lenta”, anteviu.

Em decorrência disso, ele prescreveu uma alta nas taxas de juros como forma de compensar possíveis perdas. “O Brasil não tem como se manter se não fizer isso”, diagnosticou, criticando rumos tomados por Lula anos antes da crise estourar. De acordo com Tasso, o Executivo não aproveitou as potencialidades regionais da maneira correta porque apostava num crescimento constante da economia a médio-longo prazo. Nesse aspecto, não levou em consideração o “boom” iminente.

O parlamentar ponderou que os efeitos negativos aqui só não foram maiores devido às reformas estruturais de gestão implementadas ainda nas eras Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. “Nunca antes na história deste País tivemos tanta oportunidade para crescimento. Mas perdemos muitas. Estamos caindo em equívocos. Seis ou sete anos atrás, crescemos muito menos do que os países emergentes. Eles confundem e gastam com qualquer coisa. Tem que se gastar é com investimentos”, apontou.

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