Oposição boicota reunião de Sarney e tenta manter em discussão a crise do Senado

da Folha Online

A oposição boicotou a reunião de líderes partidários convocada nesta terça-feira pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para definir as prioridades de votação da Casa ao longo desta semana. DEM e PSDB não participaram do encontro como estratégia para mostrar ao peemedebista que a Casa não voltou à sua normalidade depois das acusações contra Sarney --que foram arquivadas pelo Conselho de Ética do Senado.

"Quem imagina que a Casa está em ordem, não está não. Há um contencioso a remover que é o funcionamento do Conselho de Ética. Não há interesse em isolar o presidente Sarney, mas nos individualizarmos aqui no Senado. É uma postura da oposição", disse o senador José Agripino Maia (DEM-RN).

Demissão coletiva atinge cúpula da superintendência da Receita em SP
Receita nomeia dois novos superintendentes; Unafisco vê "isenção" nos escolhidos
Múcio nega existência de "rebelião" na Receita e diz que situação está "serenada"

A reunião, conduzida por Sarney, reuniu somente líderes de partidos aliados ao peemedebista --com exceção do senador Osmar Dias (PDT-PR). Participaram do encontro os líderes do PSB, PMDB, PTB, PR e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Dias disse que aceitou participar do encontro porque defende que a Casa retome suas votações em plenário --paralisadas desde que a crise política teve início, há mais de quatro meses.

"Sem quorum, não temos o que fazer a não ser votar matérias que não exijam quorum qualificado. Existe um problema político que deve ser tratado de forma diferente. Além da Casa não apurar o que deveria ter sido apurado, o Senado não deve ficar sem votar", afirmou o líder do PDT.

As bancadas do DEM e do PSDB decidiram aceitar a votação, pelo plenário do Senado, apenas de matérias não-polêmicas, como requerimentos e acordos internacionais --num total de 16 proposições. Os temas que exigirem maior debates da Casa, a oposição promete analisá-los individualmente antes de decidir se aceitará colocá-los em votação.

"Reconhecemos que a Casa não pode parar, por isso podemos votar requerimentos, acordos internacionais e duas matérias que tratam de assuntos monetários. Os demais temas terão que ser analisados ponto a ponto", afirmou Agripino.

Renúncia

Além de boicotar a reunião de líderes, DEM e PSDB renunciaram hoje às cinco vagas que os dois partidos possuem no Conselho de Ética do Senado. A oposição decidiu sair do colegiado porque considera que a sua formação atual foi escolhida somente com o objetivo de impedir a instauração de processos contra Sarney.

PUBLICIDADE

DEM e PSDB defendem a aprovação de projeto com mudanças no colegiado para evitar que os partidos com maioria no Senado tenham a hegemonia das votações no Conselho de Ética.

Pela proposta do DEM, cada partido político poderá indicar um membro para o conselho. No atual modelo, as vagas do colegiado são divididas de acordo com os tamanhos das bancadas partidárias --o que permite que os grandes partidos indiquem a maioria dos integrantes.

A proposta também prevê que apenas senadores titulares dos mandatos integrem o conselho, com prioridade para os líderes partidários ou parlamentares indicados por eles. Os integrantes do conselho também não poderão responder a processos na Justiça por crimes como improbidade administrativa e irregularidades investigadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Penso eu: Esses caras não querem é trabalhar. Tucano rima com bahiano, DEM rima com neeeemmm!!! Se derem um jatinho pra eles passearem ou pagarem as passagens, neguim tá nem aí. E tem o texto dos carinhas aí...olha a manchete.

Nenhum comentário:

Postar um comentário