O trabalho do Senador Flávio Torres



Defensores do comprovante impresso do voto apresentarão argumentos nesta quinta a duas comissões
O projeto de minirreforma eleitoral aprovado na Câmara dos Deputados e que tramita no Senado será discutido em uma audiência pública conjunta das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Ciência e Tecnologia (CCT) nesta quinta-feira (20), às 11 horas, na sala 3 da Ala Alexandre Costa do Senado. Requerimento de autoria do senador Flávio Torres (PDT-CE), pedindo a realização da audiência, foi aprovado pela CCT na quarta-feira (19). Nesta segunda reunião para discutir o tema na Casa, serão ouvidos especialistas favoráveis à manutenção do projeto aprovado pela Câmara, que prevê, entre outros itens, a instituição de um comprovante impresso para o voto eletrônico nas eleições.

Falarão na audiência Jorge Stolfi, professor do Departamento de Informática da Universidade de Campinas (Unicamp); o engenheiro Amilcar Brunazo Filho, representante técnico do PDT para acompanhamento do desenvolvimento dos sistemas eleitorais; e Giuseppe Dutra Janino, Secretário de Tecnologia de Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Secretária Especial de Políticas para a Mulher, Nilcéia Freire, falará sobre os aspectos de sua Pasta contidos no projeto.

Acompanhando orientação do seu partido, o senador Flávio Torres defende a existência do comprovante impresso do voto eletrônico. “O eleitor tem o direito de conferir que seu voto foi computado para o candidato que ele escolheu. Daí a necessidade da existência de um comprovante impresso”, afirma Torres. O senador esclarece que isto não significaria um retrocesso: a votação continuaria sendo feita no computador mas, à medida que a pessoa digitasse seu voto, um comprovante impresso cairia em uma urna lacrada. O eleitor poderia ver o comprovante. A urna só seria aberta para a recontagem dos votos, em caso de suspeitas de fraudes. “O comprovante impresso é, de longe, a melhor forma de garantir a lisura das eleições”, defende Flávio Torres.

Dados do PDT mostram que a recontagem realizada diretamente nas urnas eletrônicas pode custar milhões de reais. Nas eleições estaduais de 2006 em Alagoas, um dos candidatos chegou a encomendar uma recontagem desse tipo e a empresa indicada para fazer a auditoria cobrou R$ 2 milhões pelo trabalho.

Os deputados votaram a favor da comprovação impressa após realizarem sete audiências públicas com autoridades a favor dos dois sistemas. Antes da reunião marcada para esta quinta-feira, houve no Senado, apenas uma audiência em que foram ouvidas exclusivamente autoridades contrárias à impressão do voto, entre elas o ministro da Defesa, Nélson Jobim.

Ainda segundo estudos do PDT, Alemanha, Reino Unido e Holanda baniram o uso de urnas eletrônicas que não permitissem a conferência do voto pelo eleitor e que não possibilitassem a recontagem. Nas eleições da Venezuela, a Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu que o voto fosse impresso. Mais de 50 países vieram ao Brasil conhecer a urna eletrônica e nenhum quis adotá-la. “Nossa prioridade não deve ser conseguir dar o resultado das eleições no mesmo dia e sim garantir a segurança do voto”, conclui o senador Flávio Torres.

2 comentários:

  1. Olá,
    Venha conhecer o site Fraude Urnas Eletrônicas e fique por dentro do sistema eletrônico de votação atualmente adotado no Brasil.
    O direito ao voto é constitucional e não podemos jamais ter dúvidas quanto ao seu destino.
    Participe também da Campanha pela aprovação do voto impresso no Senado Federal.
    Divulgue esta iniciativa.

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  2. parabem profesor flavio torres pela defeza do conprovante do voto eletronico, um abraço ze 95593617

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