FHC defende que PSDB seja oposição a Cid



Amigos, amigos! Decisões políticas à parte. Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati discordaram sobre o rumo que o PSDB deve tomar desde já com vistas à eleição cearense de 2010. As declarações foram concedidas em entrevista coletiva após o encontro do paulista-carioca com lideranças tucanas no auditório da Faculdade 7 de Setembro (FA7).
FHC defendeu que o PSDB adote oficialmente um tom duro de oposição. Questionado se a postura deveria ser adotada tanto nas discussões envolvendo o Governo Federal quanto nas ligadas ao governador Cid Gomes (PSB), ele respondeu: “para mim, isso é em tudo. Do meu ponto de vista, em toda parte. Precisamos redobrar as ações oposicionistas. E temos que fazer isso sem saber se vamos ganhar ou perder eleição. É importante ganhar, mas mais importante é não quebrar a cara do ponto de vista da convicção”.


Hoje, o ninho cearense “avalia” dois cenários: se integra a aliança pró-Cid como forma de conseguir apoio à re-eleição de Tasso; ou se lança candidato próprio ao Palácio Iracema. O prazo dado por eles mesmos para o impasse ser resolvido é o final do ano. Contudo, Fernando Henrique cobrou um posicionamento imediato. E disparou, quando indagado se a legenda partiria para um confronto direto com o governador no ano que vem: “vai ter [candidato ao Governo]”.
Ele pontuou que o PSDB tem chances de retomar a administração não só no Ceará, mas do Palácio do Planalto também. Aqui, por conta da influência de Tasso, que comandou o Estado em três mandatos e tem grandes apoios eleitorais no Interior. Em Brasília, devido ao desempenho de José Serra e Aécio Neves nas pesquisas para intenção de voto. Os dois são os mais cotados para encabeçarem chapa na sucessão presidencial.


Para isso, conforme ressaltou FHC, é preciso uma mudança de comportamento urgente nas bancadas federal (senadores e deputados federais) e estadual (deputados estaduais). “Estou muito confiante. O PSDB tem obrigação de cobrar, comparar e não baixar a cabeça quando falarem em privatização. Temos que ter coragem e não recuar ao grito de alguém”, argumentou.
Tasso, no entanto, divergiu da opinião do ex-presidente no tocante às articulações locais. Em dado momento, a minimizou. “A fala dele até influencia. Mas aqui não tem negócio de presidente enquadrando num sei o quê não. Aqui, a decisão é da Executiva. A gente é que se enquadra. Não é dia para tomarmos posição”, rebateu, classificando o atual momento como “necessário de muito equilíbrio”.
O senador considerou que muitas projeções feitas hoje não passam de especulação e que o partido tem “uma disposição muito grande” de concorrer ao Governo. Contudo, tudo vai depender das circunstâncias, conforme especulou. Ele negou-se a emitir qualquer comentário pessoal sobre o assunto. “Não posso, porque, no final, eu que sou o juiz. Se eu der opinião, eu influencio”, desconversou.
Já FHC levantou outra bandeira. “Chegou a hora! Vamos escolher nossos candidatos. Chegou a hora! Vamos ganhar”, esbravejou, sendo ovacionado pela plateia e pelo grupo de deputados disposto.
(Leia mais nas páginas 4 e 11)

BASTIDORES

• Tasso chegou 30 minutos antes de Fernando Henrique. Foi só sair do carro e a tietagem começou. Era foto, autógrafo, pedido de beijo, abraço. Boa parte do fã clube era de mulheres.
• Até o cd de um repentista de Caucaia lhe foi entregue.
• Antes de entrar para o auditório onde FHC falaria, o tucano recebeu dos assessores reportagens sobre declarações que deu a respeito dos escândalos no Senado.
• O desembarque de Fernando Henrique causou tumulto nos corredores da faculdade. Após ele conceder entrevista coletiva, começou o empurra-empurra dos curiosos em busca de poses exclusivas. Poucos conseguiram. Os seguranças impediam o contato.
• O sanfoneiro Waldonys foi o encarregado de executar o hino nacional. Mas não ficou só nisso. Ele tocou tango, música árabe e italiana. Tudo com a famosa sanfona no colo. Até piada arriscou, arrancando risos de FHC.
• Waldonys prestou homenagem ao aniversário de 20 anos da morte de Luiz Gonzaga, datado no próximo dia 2 de agosto.
• No bis, o público pediu: “toca o galeguim”. Solicitação aceita. Sob o aval – e gargalhadas de Tasso, Waldonys começou: “o galeguim dos zói azul; o galeguim dos zói azul”. A plateia acompanhava com palmas e coro.
• FHC, mesmo fora do ritmo, tentava endossar a brincadeira. Batia palmas tímidas e fora do compasso. Mas era só risos.
• Quem esteve no encontro tucano foi o presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira. Segundo ele, para mostrar apoio à aliança que deve ser feita entre populistas, PSDB e DEM. “Essa vinda do presidente vai mexer com os brios. Acho que precisa endurecer sim [o discurso contra Cid]. Está muito próximo [as eleições] e as coisas precisam se definir. O PSDB precisa assumir uma posição de oposição. O FHC deixou claro isso”, disparou ele.
• O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) também acompanhou de perto os debates. Ele defendeu chapa própria do partido para o Governo. “É para o nosso fortalecimento”, alegou.

Do Jornal O Estado

Penso eu: É preciso ser muito ingenuo para acreditar que Efe Agá Ce falou o que falou semcomnbinar com Tasso e que Tasso rebateu Efe Agá Ce, dizendo que presidente não enquadra ninguem no Ceará, sem combinar com Efe Agá Ce. Tucano, está provado cientificamente, tem o bico grande pra esfriar o papo.

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