A imprensa endoidou de vez



A "contaminação" de Obama pela febre suína

Começou com uma chamada de Primeira Página do "La Reforma", um dos maiores diários mexicanos. "Recebe Obama; morre dias depois". Nele, o colunista de política contava da morte de Felipe Solis, que ciceroneou o presidente norte-americano pelo Museu Nacional de Antropologia local no dia 15 de abril, quando da visita do democrata à capital mexicana.

O renomado arqueólogo de 65 anos teria morrido em decorrência de "sintomas similares aos da febre suína", segundo o periódico, "horas depois" de se encontrar com Obama. A notícia da morte foi reproduzida por agências noticiosas de credibilidade, como a Associated Press. Foi o suficiente para que a blogosfera começasse a ferver com a possível "contaminação" do presidente.

Mas não era bem assim. Segundo diria ontem o porta-voz da Secretaria de Saúde mexicana, Solis morreu no dia 23 --oito dias após a passagem do norte-americano, portanto-- e de parada cardíaca, decorrência de pneumonia e da diabete contra a qual lutava havia anos; segundo a entidade, não tinha o vírus da febre suína.

No domingo, o porta-voz Robert Gibbs já havia dito que médicos atestaram que Obama estava são. Como o rumor persistisse, às 17h23 locais de segunda (18h23 de Brasília), a Casa Branca soltou declaração da Embaixada do México em Washington confirmando que Solis não morrera pela febre suína. Como não adiantasse, uma hora depois veio novo comunicado com "respostas a perguntas" sobre o caso.

À tarde, a comprovar que estava bem e disposto, Obama fez alguns arremessos na cesta de basquete da Casa Branca, assistido por alunas que o visitavam. Acertou vários lances, segundo presentes.

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